Consultor de Witzel preso foi homenageado por Flávio Bolsonaro por operação com morte de traficante

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Aos 57 anos, Flavio Pacca é um nome conhecido dentro da Polícia Civil e também fora dela. Além de sua perícia como atirador, ele participou de ações de repercussão — como a operação que resultou na morte do traficante Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi, ex-chefe do tráfico na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Foi por essa ação que recebeu uma moção do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, em 2005.

“No dia 28 de outubro de 2005, este policial civil, juntamente com sua equipe, realizou uma operação na Favela da Rocinha para reprimir o tráfico de drogas naquela localidade. A operação foi lograda de êxito, sem baixas de policiais e culminando com a morte de um dos traficantes mais procurados do Estado, conhecido por ‘Bem-Te-Vi'”, diz o texto.

Outro trecho cita que Pacca prestou um “relevante serviço social à população”. “Este policial foi um dos responsáveis por “recuperar” esse marginal, visto que a sociedade tem a certeza de que ele nunca mais estará apto a viciar o filho de ninguém, nem a levar o terror aos cidadãos fluminenses, prestando um relevante serviço social à população”.

O inspetor foi um dos quatro alvos da terceira fase da operação Quarto Elemento, realizada nesta quinta-feira. Ele é suspeito de integrar um grupo de policiais acusados de extorquir dinheiro de pessoas envolvidas com crimes.

O inspetor é considerado um dos melhores instrutores de tiro da corporação. Além de policiais civis, ele treinou agentes federais e também de magistrados. Atualmente, era consultor do governador Wilson Witzel na questão do uso de atiradores de elite em incursões policiais.

Foi pelo mesmo partido que o do governador, o PSC-RJ, que se candidatou a deputado federal nas últimas eleições. Foi derrotado nas urnas e passou a se dedicar ao projeto de trazer para a polícia do Rio a experiência conquistada nos treinamentos feitos na Polícia Federal, em Brasília.

Em seu perfil numa rede social, Pacca se apresenta como “atirador de precisão” e diz ser “reconhecidamente o único instrutor de Balística Interna e Externa da PCERJ (Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro), também convidado pela PMERJ (Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro) para palestras e aulas em seus cursos de formação de Instrutores de Tiro, além de Assistente Técnico no quesito Armamento, Tiro e Balística de Advogados, Defensores Públicos e MP, nos Juizados Criminais, esclarecendo o Juízo no que tange a matéria que domina”.