Libertação de Lula virá da política
O segundo golpe político dado contra o PT e contra o Brasil desde 2016, o golpe da prisão do ex-presidente Lula, chega a 365 dias. Um ano inteirinho desde que, não um homem, mas um projeto político e social foi encarcerado. Lula não foi preso pela lei e pela Justiça; foi preso pela política. A Justiça fez o que a política queria. Para libertar Lula, portanto, a política terá que dar a ordem à Justiça.
O dia 7 de abril já é uma data histórica no Brasil; marca o dia em que o único presidente que melhorou de fato a vida do povo foi encarcerado não por seus crimes, como pretendem seus algozes; não por vingança da elite contra ele, como pensam alguns… Lula foi preso como um aviso à classe política e ao Judiciário.
Pensemos: qual é o recado histórico que é passado a todo homem público quando você pune com perda da liberdade o único presidente da República que promoveu uma inversão na distribuição de renda e de oportunidades que vigia neste país desde sempre até que ele chegou ao poder?
Não precisa ser muito inteligente para entender que o recado que fica é para que todo homem público, sobretudo os governantes, nunca priorizem os mais pobres, nunca os coloque em universidades, nunca os coloque na poltrona ao lado da do rico em aviões, nunca lhes permita morar na mesma rua que os mais ricos ou frequentar os mesmos restaurantes e lojas que eles.
Lula, é óbvio para qualquer um que tenha estudado seu processo, não foi preso por crimes, foi preso por ter feito tudo que a elite branca não queria ao melhorar a vida do povo ao ponto de os filhos da pobreza poderem disputar oportunidades em condições de igualdade com os filhos da riqueza. A política levou Lula à prisão e será a política que libertará Lula da prisão, portanto.
Para que Lula seja libertado, há que vencer a guerra política em curso no Brasil. Vencer nas urnas. E é possível.
Ou melhor, será possível quando a sociedade terminar o processo que todas as pesquisas mostram que está iniciando, o processo de entendimento de que a eleição de Jair Bolsonaro como presidente e da ultradireita como maioria no Congresso, foi um erro terrível. Um erro que novas eleições – nem que seja daqui a quatro anos – irão corrigir. É só esperar.
A versão em vídeo desta matéria termina com a saída apoteótica de Lula da vida pública rumo ao cárcere. Ou seja: nos braços do povo. E é assim que ele deixará o cárcere: também nos braços do povo, em apoteose como no dia de sua prisão. Vamos rever o momento histórico dos últimos momentos de Lula antes da prisão… Enquanto esperamos sua libertação.