Bolsonaro afasta centro-direita e vitamina oposição

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Foto: Estadão Conteúdo

Os últimos arroubos de Jair Bolsonaro redefiniram os planos de diversos setores da política. O PSDB traçou uma linha no chão, afastando-se da retórica do presidente. Dividida, a esquerda sabe que é cedo para falar em impeachment, mas tenta dar forma a um movimento anti-Bolsonaro nas ruas —o PT programa caravana em agosto. Quem não reagiu explicitamente (DEM, PP, PL e PRB) prega uma relação ultrapragmática com o Planalto, centrada no Congresso e desconectada do governo.

Dirigentes do PSDB dizem que o movimento feito pelo governador de SP, João Doria, era “inevitável” —o tucano se apartou da narrativa de Bolsonaro. A cúpula do partido afirma que o presidente extrapolou o prazo para fazer sua curva de aprendizado. Ou seja: acha que ele não muda e quer pintar as diferenças com cores fortes.

ACM Neto, presidente do DEM, enviou recados a correligionários pedindo comedimento. A sigla tem três ministros, além do comando da Câmara e do Senado —todos guardaram silêncio diante do ataque ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

Em privado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), externou incômodo com as declarações de Bolsonaro. Segundo aliados, ele tem dito que o método do presidente é contraproducente, já que afasta partidos que poderiam apoiá-lo, como o PSDB.

Da FSP