Dilma pode chutar o pau da barraca e dar uma guinada à esquerda

A direita midiática já gastou praticamente toda sua munição. O país está parado. Nem com Dilma cedendo ao ajuste fiscal houve condescendência. Já pediram o impeachment da presidente, já paralisaram a economia, já nos tiraram o grau de investimento. O que mais podem fazer? Chegou a hora de Dilma fazer um movimento ousado. E quem acredita que ela não terá coragem, não a conhece. E, não, o que estou dizendo não é mera suposição…

Que o Congresso assuma responsabilidade pela perda do grau de investimento

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s atribuiu queda de nossa nota de crédito e consequente perda do “grau de investimento a falta do ajuste fiscal.. O Congresso Nacional se recusou a aprovar todas as tentativas que o governo fez de adotar o ajuste fiscal, em meio a “pautas-bomba” desse Congresso que CRIAVAM GASTOS em vez de economia em um momento em que o país tem que economizar para não sofrer fuga de capitais que pode afundá-lo em recessão e desemprego. A culpa é do Congresso e ponto final.

Lula fez ajuste fiscal em 2003 e foi acusado de “estelionato eleitoral”

No primeiro ano do primeiro mandato de Lula, não se falava em outra coisa que não fosse “ajuste fiscal” e “estelionato eleitoral”. Apesar de o petista ter se elegido prometendo juros menores, mais empregos e melhores salários, sua política econômica foi na direção oposta. Juros chegaram a 25% ao ano, desemprego chegou a quase 12%, ajuste fiscal foi draconiano. Porém, o aperto que implementou em seu primeiro ano resultou em mais de uma década de bem-estar social, além de ter feito o Brasil passar de 14ª para 8ª economia do mundo. Por que então, hoje, está sendo tão difícil Dilma conseguir colaboração que não faltou a Lula? Esta reportagem explica.

É hora de o Brasil criar juízo e se unir contra a crise

Os setores mais racionais da vida nacional – sejam governistas, sejam oposicionistas – já reconhecem, em uníssono, que a economia não está reagindo devido à política. Há cerca de seis meses que a agenda nacional gira em torno dessa guerra política, agravada pela eleição de uma Câmara dos Deputados cuja marca tem sido a irresponsabilidade. Sem resolver a crise política, não haverá solução para a economia. Se houver um acordo nacional, sairemos em breve da crise econômica e todos lucrarão. Só é preciso um mínimo de maturidade e lucidez.

Só restou ao PSDB fazer oposição ao Brasil

Apesar de a oposição ter mantido e até ampliado um pouco seu capital eleitoral graças a problemas da economia que só não estão sendo resolvidos devido a uma repugnante sabotagem, essa oposição ficou reduzida ao papel miserável de ter que se opor ao Brasil para ter chance de dar um golpe ou, se conseguir impedir que a economia melhore, vencer em 2018. Falta combinar com as forças democráticas da nação e com Dilma, que trabalha furiosamente para o país sair de uma crise gerada pela política, mas que, apesar disso, tem como ser revertida.

Se Brasil não quiser mesmo fim de Grécia e Espanha, fuja do PSDB

O ex-futuro ministro da Fazenda que o Brasil teria caso Aécio Neves vencesse a eleição presidencial, Armínio Fraga, declarou, recentemente, que se o tucano tivesse vencido o ajuste fiscal seria muito mais duro. Tivemos muita sorte em eleger Dilma. Do contrário, estaríamos repetindo o que aconteceu na Grécia e na Espanha. Contudo, esse risco não está afastado. A política ainda pode jogar o Brasil no mesmo buraco, ou seja, nas mãos do PSDB.

PSDB mentiu para reeleger FHC; não pode acusar o PT de mentir

Há uma imensidão de registros históricos de que Fernando Henrique Cardoso e o PSDB mentiram durante a campanha eleitoral de 1998 ao dizerem que se conseguissem um segundo mandato não haveria desvalorização do real. Diante disso, o ex-presidente e seu partido esbofetearam um país inteiro na noite de terça-feira, 19 de maio. Qualquer brasileiro tem direito de questionar o discurso de Dilma Rousseff na campanha do ano passado, menos FHC e o PSDB.