PSDB e mídia inauguram em 2014 nova estratégia eleitoral contra o PT

O país chega a 2014 com uma combinação de estratégias da direita midiática contra o petista da vez. Apesar de na campanha eleitoral deste ano ser previsível que o moralismo religioso e o administrativo serão usados por Aécio Neves, Globo, Folha, Estadão e Veja, esses instrumentos não terão peso relevante desta vez. Talvez, esta seja a primeira eleição presidencial do pós-redemocratização em que não haverá “balas de prata”.

Três dias de fúria midiática – caindo a ficha

Faltando 3 dias para o Brasil ir às urnas dizer o que decidiu depois de meses a fio de troca de acusações, de denúncias de corrupção, de boataria difamatória, de julgamentos morais sumários, de imposição de dogmas religiosos a não convertidos, vai surgindo uma sensação de que a fúria midiática pode estar se perguntando se vale mesmo a pena disparar a última bala de prata contra Dilma Rousseff.

Quatro dias de fúria midiática – forjando a bala de prata

A fúria midiática foi surpreendida por pesquisas mostrando prejuízo para José Serra depois do factóide da suposta “agressão petista” que teria sofrido em comício na zona Oeste do Rio. Pelo visto, o aumento da vantagem de Dilma Rousseff detectado pelos institutos Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi se deveu à descrença popular na encenação do tucano e na “prova”, forjada pela Globo, de uma segunda “agressão” naquele evento, ou ao aborto de Mônica Serra.

Haverá uma última bala de prata?

Apesar de ser praticamente impossível encontrar um eleitor de Dilma, de Serra, de Marina, de algum candidato nanico – ou até de ninguém – que tenha a mínima dúvida de que a revista Veja, a Folha de São Paulo, a Globo ou até o Estado de São Paulo lançarão um último “escândalo” contra Dilma no undécimo momento da campanha eleitoral, tenho lá minhas dúvidas de que ocorrerá.

O caso do “sigilo” de Serra e a “bala de prata” final

Quero me posicionar claramente sobre dois assuntos que, desde o fim da semana passada, estão marcando o debate sobre a sucessão presidencial. Refiro-me, primeiro, ao caso do “sigilo” de José Serra e, depois, às especulações sobre qual será a “bala de prata” final que a estrutura extra oficial de marketing da campanha do ex-governador tucano – composta, essencialmente, mas não só, pelos Grupos Folha e Estado, pela Editora Abril e pelas Organizações Globo – irá disparar contra a adversária.

Carta aberta a José Serra

Prezado candidato José Serra,

Quem lhe escreve é alguém que já foi seu eleitor para deputado e senador, em tempos idos, mas que, hoje, retirou qualquer apoio que lhe possa ter dado um dia. Serei eleitor de Dilma Rousseff, neste ano, como fui do presidente Lula em 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006. E sou um crítico contundente da atuação político-administrativa do senhor.