Guedes não diz de onde virá dinheiro para bancar reajuste do mínimo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, após anúncio de que o salário mínimo seria reajustado para R$ 1.045,00, que os recursos para bancar as despesas extras com esse aumento devem vir de uma receita extra de R$ 8 bilhões que o governo pretende anunciar nos próximos dias. Caso essa renda extra não se concretize, no entanto, é possível que haja contingenciamento de recursos no início do ano.

Com crise, brasileiros só podem comprar em saldões

A população que ganha até um salário mínimo é a que mais aguarda por saldões para adquirir bens de maior valor, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Na faixa de renda de até cinco salários mínimos, 60% afirmam que esperam os períodos de menor preço. Entre os consumidores mais pobres, o índice sobe para 75%, segundo dados são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 14.

Governo recua e pode reajustar o mínimo pela inflação

Em uma medida provisória no fim de 2019, o governo federal sugeria o reajuste do salário mínimo com base em uma previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – o que resultaria em um valor de R$ 1.039.
Entretanto, a previsão do INPC não se confirmou em janeiro, quando os números oficiais do índice foram divulgados. Como eles ficaram acima do esperado (a previsão era de 0,62% em dezembro, mas acabou sendo de 1,22% em janeiro), o valor do salário mínimo ficaria abaixo da inflação. Já se for reajustado pelo total do INPC, o mínimo ficará em R$ 1.042,70.