Fofoca de delator condena Lula, mala de dinheiro não condena Temer

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O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, apontou dúvida sobre a conclusão de que houve corrupção por parte de Michel Temer no caso da JBS.

A gente acredita que, se fosse sob a égide da Polícia Federal, essa investigação teria de durar mais tempo porque uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção“, afirmou o novo chefe da PF escolhido por Temer à revelia da instituição.

Se existe um simbolismo para a perseguição da Justiça a Lula, reside nessa declaração do chefe da PF.

O ex-presidente Lula foi condenado a 9 anos de prisão com base nas acusações do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro e porque “testemunhas” disseram que o ex-presidente foi visto visitando o triplex.

Isso sem falar dos casos Aécio Neves, Eduardo Azeredo e tantos outros os quais a mídia e a Justiça “esquecem” rapidinho.

Essa declaração do novo chefe da PF não é o mais grave em tudo isso. O mais grave é Temer estar, descaradamente, trocando aqueles que podem investigá-lo sem que nada aconteça.

Onde está o Supremo Tribunal Federal ou a Procuradoria Geral da República para acusarem Temer de obstrução da Justiça? Aliás, se o STF foi o primeiro a abrir mão de seu poder investigatório ao delegar ao Senado a decisão sobre as medidas cautelares contra Aécio Neves, por que esperar que tome alguma atitude contra a obstrução da Justiça por Temer?

Mas essa declaração do novo chefe da PF certamente servirá de simbolismo para alertar os brasileiros da parcialidade e da seletividade do sistema de Justiça pátrio, que, contra Lula, é um dragão, e, contra os protegidos da Corte, é uma princesinha.

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Confira, abaixo, o comentário em vídeo de Eduardo Guimarães