Folha ataca Bolsonaro por achar que herdará votos de Lula

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A mais recente edição dominical da Folha de São Paulo (7/1) traz duas matérias que mostram por que o establishment conservador brasileiro está expondo desastrosamente o SEU Poder Judiciário diante do mundo apenas para impedir que o povo coloque Lula no Palácio do Planalto de novo.

A primeira matéria diz respeito ao pré-candidato a presidente da República Jair Bolsonaro.

Na primeira página, a centro-direita brasileira ataca frontalmente a extrema-direita ao acusar o extremista Jair Bolsonaro de ter enriquecido na política, em contraposição ao seu discurso sobre nunca ter se envolvido em corrupção, apesar de ter ficado no partido mais envolvido na Lava Jato, o PP de Paulo Maluf, até que esse partido fosse desmascarado.

A explicação desse ataque tão contendente a Bolsonaro reside no editorial “Fazer o quê?”, publicado no mesmo dia. No texto, o jornal lamenta a fragilidade da pré-candidatura do preferida pela mídia, pelo mercado financeiro e pelo grande empresariado, a candidatura de Geraldo Alckmin.

O jornal ataca Bolsonaro por uma razão óbvia: a mídia o culpa por sua candidatura preferida não estar deslanchando. Acha que ele roubou as intenções de voto que viabilizariam Alckmin nas pesquisas.

A mídia, o mercado financeiro e o grande empresariado até flertaram com Bolsonaro, mas descobriram uma pessoa tosca, assustadoramente despreparada, que não tem ideias sobre nada, que baseia seu voluntarismo eleitoral em um amontoado de frases feitas, sem qualquer profundidade.

Bolsonaro não é um risco para a esquerda, é um risco para o Brasil inteiro, inclusive para sua elite branca.

Mas não se anime, você que é de esquerda. Bolsonaro ameaça os ricos porque sua mediocridade e desconhecimento sobre tudo pode desmoralizar o Brasil de uma forma que afundará sua economia ainda mais do que foi afundada pela guerra contra Lula e o PT, que sabotou o país para tirar a esquerda do poder.

A mídia tenta afundar Bolsonaro porque já dá como favas contadas que ele herdaria os votos de Lula, após o Poder Judiciário fazer o servicinho sujo de condenar o ex-presidente sem provas para impedi-lo de se candidatar e vencer a eleição presidencial de 2018.

O editorial se desmancha em elogios às “reformas anti-povo” de Temer – como a reforma trabalhista, entre outras – e lamenta que candidatos identificados com elas estejam fadados a não se elegerem. E termina se lamuriando por estar vendo que se Lula não concorrer, seus votos podem ir até para Bolsonaro, mas não irão para o candidato do PSDB que vier a disputar.

Confira, abaixo, o editorial citado