Pezão diz que manda na Segurança até Congresso aprovar intervenção
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), negou nesta segunda-feira (19) que a segurança pública do Estado do Rio de Janeiro esteja sem comando até que o decreto de intervenção federal na área seja votado no Congresso –a Câmara dos Deputados deve votar na noite de hoje e, em seguida, a matéria passa para análise do Senado.
Durante a reinauguração da Biblioteca Parque da Rocinha, Pezão voltou a falar sobre a importância da entrada do Exército na cena fluminense, afirmou que detalhes burocráticos ainda impedem que as Forças Armadas tomem o controle total da situação, mas disse ser o responsável até que o decreto passe pelo crivo do Legislativo.
“Nós já estamos em permanente contato, mas podem cobrar de mim até a votação do decreto”, diz Pezão.
Apesar de o decreto já estar valendo após sua publicação, o CML (Comando Militar do Leste) informou, no fim de semana, que as ações da intervenção só serão tomadas após a aprovação do Congresso. Enquanto isso, a exoneração de Roberto Sá do cargo de secretário de Segurança foi publicada nesta segunda no Diário Oficial do RJ.
Assim que o decreto já assinado por Temer for chancelado pela Câmara e Senado, o interventor militar nomeado pelo governo federal assume todas as forças de segurança do Rio, não cabendo mais a Pezão nenhuma atribuição na área.
O “governador” da segurança no Estado será o general Braga Netto, atual líder do CML. “Precisamos de ajuda, chegamos no limite, não conseguimos vencer sozinhos a marginalidade. As polícias Civil e Militar não resolvem esse problema sozinhas em lugar nenhum”, disse ele.