Doria abandona prefeitura sem cumprir metas.

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No primeiro ano de gestão, o ex-prefeito de São Paulo – e atual pré-candidato a governador – João Doria (PSDB) avançou em menos da metade dos objetivos previstos no Programa de Metas, plano traçado para ser implementado por sua gestão entre 2017 e 2020. Das 53 metas, 29 delas não saíram do papel. Na média geral, de janeiro a dezembro de 2017, a Prefeitura avançou em 20% na execução.

O resultado integra o balanço do Programas de Metas anualmente realizado pela Rede Nossa São Paulo, entidade que reúne 700 organizações da sociedade civil. Participam também da iniciativa o Instituto dos Arquitetos do Brasil, a ONG Cidade dos Sonhos, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Instituto Polis e o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef).

Ao todo, 20 metas do Programa já foram iniciadas e apresentam resultados parciais, e apenas 4 metas já foram concluídas.  Ainda de acordo com o levantamento, das 20 metas que apresentam resultados parciais, a média de execução é de 32%. E dessas, 14 metas estão abaixo de 50% de execução, 5 metas estão entre 50% e 75% de execução e 1 metas está com mais de 75% de execução.

Quando analisado o cumprimento das metas por áreas, a educação teve somente 5% de execução. Além de educação, entre os menores avanços estão as metas de saúde, que alcançaram 11% de realização, as de habitação, com 8%, e as de mobilidade (9%). Destacam-se os avanços as áreas de assistência social (80%), meio ambiente (55%) e cultura (37%).

Entre as metas de saúde que ainda não foram iniciadas, estão: diminuir a mortalidade infantil em 5%, priorizando regiões com as maiores taxas; aumentar a cobertura da atenção primária à saúde para 70%; e reduzir em 5% (7 óbitos prematuros a cada 100 mil residentes) a taxa de mortalidade precoce por Doenças Crônicas Não Transmissíveis selecionadas, contribuindo para o aumento da expectativa de vida saudável.

Na área da educação, foi considerada um avanço parcial, por exemplo, a meta de expandir em 30% (85,5 mil) as  matrículas em creche na Rede Municipal de Ensino. Segundo o levantamento, no primeiro ano de gestão Doria este objetivo foi cumprido em 30%.

“Primeiro, Doria prometeu, no prazo máximo de um ano, zerar o deficit das 103 mil crianças fora de creches. Quando assumiu, o prefeito revisou a meta para 65,5 mil vagas, o déficit deixado pelo ex-prefeito petista Fernando Haddad.

E, em março do ano passado, estendeu o prazo para o cumprimento dessa promessa. Prometeu zerar o déficit até 30 março de 2018. Hoje, a demanda é de 44.092 vagas. Sobre as novas matrículas, até o segundo semestre de 2017 foram feitas 26.059. Ou seja, 30% da meta de 2020. Faltam quase 60.000″, analisa a Rede Nossa São Paulo.

“A prefeitura garante que o número de crianças atendidas em creche pela rede municipal de São Paulo ultrapassou a marca de 310 mil e a demanda cadastrada foi a menor desde o início do registro, em 2007. A redução da fila – em 32% em relação a 2016 – também foi a maior registrada desde então”, completa a entidade.

Na análise por eixos temáticos, Desenvolvimento Social tem 29% de execução e Desenvolvimento Humano, 19%. Destacam-se ainda o Desenvolvimento Econômico e Gestão, com 27% de execução. As temáticas Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e Institucional registraram as menores execuções, com 14% e 9 %, respectivamente.

Com informações do Estadão