Cunhado de Alckmin se explica sobre arrecadação de propina

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O cunhado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), Adhemar César Ribeiro, negou, em depoimento ao Ministério Público Estadual de São Paulo, ter recebido dinheiro para campanhas políticas do tucano. Apontado por delatores como suposto arrecadador, ele prestou esclarecimentos em inquérito civil na Promotoria do Patrimônio Público e Social do Estado.

Estado apurou que o cunhado do ex-governador disse que intermediava a relação do tucano com empresários, inclusive para realização de palestras, mas negou ter recebido dinheiro para campanha política.

O depoimento foi prestado ao promotor Ricardo Manuel Castro.

Procurado pela reportagem, o promotor disse que não se manifestaria porque o inquérito está sob sigilo. O advogado Benedicto Porto Neto, que defende Ribeiro, não retornou à reportagem.

Delação. No acordo de colabotação da Odebrecht, são citados repasses de R$ 10,3 milhões não contabilizados para campanhas de Alckmin.

Em depoimentos feitos no âmbito da Lava Jato, três colaboradores da Odebrecht (Benedicto Barbosa Junior, Carlos Armando Paschoal e Arnaldo Cumplido) citaram repasses de recursos a Alckmin a título de “contribuição eleitoral” nas campanhas de 2010, quando o tucano foi eleito governador pela terceira vez, e 2014, quando foi reeleito.

As doações não contabilizadas teriam contado com a participação do cunhado do pré-candidato a presidente, Adhemar Cesar Ribeiro, também investigado no inquérito, e de Marcos Monteiro, identificado nas planilhas da empreiteira com os codinomes ‘Salsicha’ e ‘M&M’.

 

Com informações do Estadão.