Golpistas continuam afundando a economia
As vendas no varejo brasileiro recuaram em maio, no primeiro resultado mensal negativo do ano refletindo o impacto da paralisação de caminhoneiros no fim do mês.
O volume de vendas no varejo caiu 0,6% na comparação com abril, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (12), resultado mais fraco também desde a queda de 0,8% em 2016.
Expectativas em pesquisa da agência Reuters junto a economistas era de queda mensal de 1,2%.
Em relação ao mesmo mês de 2017, as vendas avançaram 2,7%, ante projeção de alta de 2,15%.
Maio costuma ser um mês bom para o varejo, devido à comemoração do Dia das Mães.
Seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, no entanto, caíram no mês. Os recuos mais intensos foram observados em livros, jornais, revistas e papelarias (-6,7%) e combustíveis e lubrificantes (-6,1%).
Artigos de uso pessoal e doméstico registraram estabilidade.
O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com expansão de 0,6% na base mensal e de 8% no volume anual, foi o único que cresceu.
Segundo o IBGE, esse segmento foi o menos afetado pela paralisação dos caminhoneiros, devido, em grande parte, pela comercialização de itens de necessidade básica.
O movimento de protesto começou dia 21 de maio e durou 11 dias. Bloqueios em estradas do país levaram ao desabastecimento de alimentos e combustíveis.
De acordo com a gerente da pesquisa no IBGE, Isabella Nunes, embora a paralisação tenha provocado desabastecimento de alimentos no país, isso ficou restrito aos produtos hortifrutigranjeiros, e por isso as vendas em supermercados ainda conseguiram avançar no mês.
“O setor de hipermercados e mercados se mostrou no período da greve bem abastecido e teve perda com perecíveis. Os demais setores foram afetados porque as lojas não conseguiram funcionar por conta da dificuldade de deslocamento dos funcionários e porque os consumidores também se retraíram”, explicou.
Com informações da Folha de S. Paulo.