Aliados de Alckmin estão fazendo campanha para Haddad/Lula
A estagnação nas pesquisas levou a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) a fazer uma longa reunião neste domingo (16) para corrigir rumos e buscar alguma reação nos levantamentos desta semana.
Decidiu-se centralizar a propaganda na TV em propostas vinculadas à economia e ao emprego, reduzindo a pulverização de temas. O mesmo acontecerá com os ataques. A ordem é repetir à exaustão duas peças duras que já estão no ar e compilam falas polêmicas de Jair Bolsonaro (PSL).
No encontro, Alckmin fez uma fala reconhecendo que era preciso melhorar rapidamente sua pontuação nas sondagens eleitorais porque, segundo ele, é isso que vai reengajar aliados na campanha.
Na reunião, equipe de comunicação e especialistas em pesquisas debateram os resultados de análises qualitativas. A avaliação, ao final, foi a de que Fernando Haddad (PT) tem grandes chances de passar ao segundo turno —graças ao apoio de Lula. Por isso a tentativa de atrair os antipetistas que hoje estão com Bolsonaro.
A campanha de Alckmin tem sofrido com a dissidência de aliados, especialmente no Nordeste. Candidatos a deputado estadual e federal de partidos como DEM e PP têm distribuído santinhos em que pregam voto no 13, o número do PT, para presidente.
Quem não pede votos para o rival, simplesmente omite a presença de Alckmin nos panfletos. O tucano produziu material casado, com o número dele, para esses candidatos, mas a cúpula da campanha admite que, até agora, pouca gente levou esses panfletos para a rua.
Dirigentes da campanha de Haddad vaticinam que, se Alckmin não reagir em até uma semana, pode-se considerar que só um milagre leva o tucano ao segundo turno.