Após desastre, ministro de Temer diz que museus “vão bem”

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O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, encomendou um relatório sobre os cerca de 40 museus sob responsabilidade da pasta. Segundo ele, as instituições funcionam em boas condições.

O ministro afirma que o trabalho apontou a necessidade de modernização dos museus —alguns deles apresentam “condições precárias de visitação” e precisariam modernizar suas lojinhas. Não foram apontados problemas de segurança.

Sá Leitão afirma ainda que quatro museus devem passar em breve por reformas –o Museu da República, o Museu Histórico Nacional e o Museu da Chácara do Céu, no Rio, e o Regional São João del Rei, em Minas Gerais.

Diante da comoção com o incêndio do Museu Nacional, no domingo (2), ele afirma que há instituições que funcionam de forma que considera impecável —como o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio, e o Museu Imperial, em Petrópolis (RJ).

O presidente do Museu Nacional, Alexander Kellner, fez uma apresentação eufórica há alguns meses na SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) dos planos que tinha para a instituição.

Entre seus projetos estava construir prédios em um terreno que fica entre o Maracanã e a Quinta da Boa Vista, onde está o Palácio Imperial, e transferir para lá a administração, liberando um andar inteiro para visitações. Ele planejava também realizar exposições itinerantes.

Uma outra ideia era negociar com a União a cessão de uma área que foi usada como estacionamento para os jogos olímpicos e a Copa e que tinha se transformado em depósito de lixo e estacionamento irregular.

Em 2015, a UFRJ (Universidade Federal do RJ), que administra o Museu Nacional, solicitou R$ 11 milhões ao BNDES para reformas no prédio. O projeto, no entanto, não previa soluções definitivas para implantação de segurança de combate a incêndio e pânico. O banco pediu para a universidade acrescentar esses itens. O orçamento final aprovado foi de R$ 21,7 milhões.