Em sabatina do UOL Haddad diz que unirá esquerda no 2° turno

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Lula é um grande conselheiro e terá papel destacado em meu governo, disse Fernando Haddad em entrevista nesta segunda-feira (17).

O candidato do PT à Presidência participou de sabatina promovida por Folha, UOL e SBT.

Sobre a possibilidade de, caso eleito, conceder indulto a Lula, Haddad comentou que o ex-presidente refuta tal ideia e tem esperança de ser absolvido pelos tribunais superiores.

Haddad disse ainda que não irá atacar seus adversários do campo da esquerda, pois pretende de tê-los a seu lado em eventuais segundo turno e governo.

Confira os principais trechos da entrevista.
Lula

O presidente Lula, sem sombra de dúvida, na opinião da maioria dos brasileiros, foi o maior presidente da história deste país. Ele é um grande conselheiro e terá um papel destacado [em seu governo] em aconselhamento, em falar de sua experiência. Jamais dispensaria a experiência do presidente Lula.

Indulto 

Quando vocês da imprensa começaram a falar desse tema, isso chegou ao conhecimento do presidente. Antes que pudéssemos tocar no assunto, ele fez uma carta. Ele disse: “Eu não troco minha dignidade por minha liberdade. Quero que os tribunais superiores reconheçam que não há prova no processo contra mim e me absolvam”.

Eu acredito que ele terá justiça, será absolvido. Isso já atingiu um âmbito internacional. A própria ONU deve julgar o mérito do caso Lula no primeiro semestre do ano que vem.

Aquele processo não tem sustentação. Não é  Fernando Haddad que diz isso, mas sim centenas de juristas que já se debruçaram sobre o processo. O processo está cheio de vícios.

Daria cargo para Lula e Dilma em seu governo?

A primeira coisa que devemos fazer é buscar justiça para ele. Vou continuar na campanha Lula Livre.

Dilma será senadora. Vamos ver… É muito difícil para um ex-presidente topar ser ministro.

O Lula só topou ser ministro da Casa Civil porque viu que estavam tentando dar um golpe na Dilma e foi fortalecer o governo. Não acho que o Lula tinha intenção de voltar para o governo, a não ser como presidente.

Lava Jato

Pretendo aperfeiçoar uma parte da legislação. Por exemplo, o delator mentiroso. Não está claro na Constituição o que acontece com o delator que é um mentiroso contumaz. Acho que deve haver um protocolo para estabelecer regras mais precisas para o delator mentiroso. Na minha opinião, a legislação brasileira ficou muito frágil em relação ao corruptor. Ele em geral alega que foi obrigado a pagar propina, pois as obras não andavam, quando na verdade ele é que organiza os cartéis.

Geralmente o corruptor é o delator mentiroso. Temos que corrigir algumas pequenas falhas para evoluir nas investigações. Para não permitir que pessoas inocentes passem por constrangimentos. Faremos isso em parceria com o Ministério Público.

Controle social da mídia

Sou a favor de que não haja o excesso de concentração de propriedade privada. Por exemplo, num estado brasileiro, as vezes uma única família detém a TV e a rádio de maiores audiências e o jornal de maior circulação. Isso no mundo desenvolvido é impossível. Você não pode ser proprietário de tudo num mesmo território.