PT começa a dar destaque máximo à Haddad no horário eleitoral
O programa da campanha do PT à Presidência no rádio e na TV nesta terça-feira (4) continuou a defender a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, barrada pelo TSE. Ao mesmo tempo, no horário gratuito, o partido começou a sinalizar a substituição do ex-presidente por Fernando Haddad, atual vice na chapa.
Assim como no sábado (1º), a propaganda foi aberta com a leitura da decisão do Comitê dos Direitos Humanos da ONU que defende o direito de Lula de ser candidato. Dessa vez, porém, acrescentou a informação de que a candidatura do petista foi barrada pelo TSE.
Na sequência, o petista aparece defendendo os feitos de seus governos e prometendo um país melhor.
“O povo sabe o que aconteceu no período em que governamos esse país. Esse povo sorria. Esse povo comia. Esse povo trabalhava. Esse povo recebia salário. Esse povo estudava. Ele sabe disso, que nós fizemos um Brasil melhor nesses 12 anos e isso é possível a gente devolver para o povo”, afirma Lula.
Na conta, o ex-presidente exclui o tempo do segundo mandato de Dilma Rousseff, que foi afastada do cargo em maio de 2016 e teve seu processo de impeachment concluído em agosto do mesmo ano.
Haddad é então apresentado após uma música que diz que na “seca a esperança vive” e que “Haddad é Lula”. O ex-prefeito faz um juramento de lealdade ao ex-presidente e promete aos brasileiros devolver o país deixado pelo petista.
“Os que perseguem Lula perseguem o povo brasileiro. Ele está preso, enquanto o governo Temer bagunça o país, corta os direitos do povo, entrega nossas riquezas aos estrangeiros. Aqui, faço um juramento de lealdade ao ex-presidente Lula. Não vamos descansar. Vamos libertar os brasileiros de toda essa injustiça”, diz.
O TSE determinou nesta segunda (3) que o PT não poderia utilizar o mesmo material transmitido no sábado, em que Lula continuava como candidato da chapa, apesar do veto da corte.
No material transmitido nesta terça, o trecho do jingle da campanha do PT, que antes dizia “chama que o homem dá jeito”, foi alterado para “chama que o 13 dá jeito” e “Lula é Haddad, é o povo”. A peça é encerrada com a fala de um rapaz, que diz que Haddad representa o sonho de milhares de jovens.
Os programas das demais campanhas tiveram poucas novidades. Geraldo Alckmin (PSDB) seguiu fazendo críticas a Jair Bolsonaro (PSL), que, sem tempo, apenas diz o nome da coligação que o apoia. O programa do tucano destacou a rede de tratamento ao câncer em São Paulo, ouvindo relatos de pacientes e prometendo estender a ação para o restante do país.
Marina Silva (Rede) citou a morte do menino Marcos Vinícius, 14 anos, baleado a caminho da escola na favela da Maré, no Rio de Janeiro. A candidata eleva o tom de voz para dizer que não dá mais para aceitar políticos que se escondem em palácios e no Congresso.
Ciro Gomes (PDT) voltou a falar de seu programa de refinanciamento de dívidas e Henrique Meirelles (MDB) repetiu seu programa, em que diz ter sido chamado por Lula e para limpar a bagunça deixada por Dilma. Na propaganda do PSOL, o ator Wagner Moura pede votos para Guilherme Boulos, o candidato que segundo ele é capaz de acabar com a esculhambação.
Da FSP.