Ao atacar Haddad, Alckmin perde votos para Bolsonaro
O novo Datafolha impôs uma reflexão aos tucanos, que estão praticamente fora do jogo, mas desfrutam de farto tempo na TV. Na simulação de segundo turno, Jair Bolsonaro (PSL) apareceu numericamente à frente de Fernando Haddad (PT), 44% a 42%. Geraldo Alckmin (PSDB), que passou a mirar o petista dizendo ser o único capaz de derrotá-lo, não melhorou sua colocação, mas ajudou a alavancar o antipetismo.
Dúvida: manter a estratégia pode fazê-lo perder ainda mais votos para Bolsonaro?
A estratégia do PSDB, de atacar Haddad e Bolsonaro, mira eleitores indecisos e que votam branco ou nulo.
Agora, aliados do tucano se deram conta de que, se o capitão reformado mantiver a dianteira nas simulações de segundo turno, o discurso do voto útil pode estimular os antipetistas que ainda estão com Alckmin a migrarem para Bolsonaro.
Com 9% das intenções de voto, Alckmin corre o risco de amargar a pior posição já ocupada pelo PSDB em uma disputa presidencial desde a redemocratização.