Apoio da Alemanha a Haddad/Lula DESMONTA Bolsonaro
A deputada Yasmin Fahimi, presidente da Comissão Parlamentar alemã que se dedica a relações bilaterais entre Alemanha e Brasil, deu entrevista à tevê pública daquele país, a Deutche Welle, a 10ª maior tevê do mundo, afirmando que seu país apoia Fernando Haddad e que os negócios com o Brasil esfriarão se o país eleger o candidato nazifascista, Jair Bolsonaro.
Caso Jair Bolsonaro chegue à Presidência da República, as relações com a Alemanha não devem ser das melhores, segundo a presidente do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro no Bundestag (Parlamento alemão), a deputada Yasmin Fahimi. Em entrevista à Deutsche Welle, republicada pela Folha, a parlamentar disse que o Brasil está “à beira de uma grande ruptura”.
A entrevista foi publicada pela Deutsche Welle (DW) (português: Onda alemã), atualmente a 10º maior emissora do mundo.
“Desejo obviamente uma retomada da parceria estratégica com o Brasil. Um presidente Bolsonaro representaria uma privatização radical, um sangramento sociopolítico do país e o rompimento com acordos internacionais. Haddad seria um presidente completamente diferente. Um rumo político assim é naturalmente apoiado pelo lado alemão”, disse a deputada.
Alguns trechos da entrevista da presidente da Comissão do Parlamento Alemão que cuida das relações da Alemanha com o Brasil servem de alerta para a situação em que o país irá se meter se insistir nessa aventura com um extremista de direita despreparado e violento.
É vital a leitura de um trecho dessa entrevista para que todos saibamos o que acontecerá com o Brasil se Bolsonaro vencer a eleição e o que ocorrerá se o eleito for Fernando Haddad. A importante parlamentar alemã explica o custo que o Brasil vai pagar se eleger um presidente que faz o povo alemão lembrar de um outro extremista de direita que, em meados do século XX, provocou a Segunda Guerra Mundial.
A presidente do grupo parlamentar que é responsável por cultivar as relações com o Congresso disse ver o Brasil “à beira de uma grande ruptura” e avaliou que o país pode ficar isolado internacionalmente com Bolsonaro. “Ele deixa claro que é contra qualquer forma de multilateralismo”, comentou.
Confira trechos da entrevista
Deutech Welle
13 de outubro de 2018
DW – Como a senhora avalia o resultado do primeiro turno e a situação política do Brasil?
Yasmin Fahimi – O Brasil está à beira de uma grande ruptura. Ficamos chocados como o fato de que, com Jair Bolsonaro, uma pessoa que tornou socialmente aceitável um discurso de ódio tenha chegado à liderança. Isso nos enche de preocupação sobre o futuro do Brasil.
DW – Há dois candidatos no segundo turno. Como seria o futuro das relações bilaterais entre a Alemanha e o Brasil nesses dois cenários?
Yasmin Fahimi – Em princípio, desejo obviamente uma retomada da parceria estratégica com o Brasil. O Brasil é para a Alemanha e para toda a Europa um parceiro muito importante, econômica e politicamente. O Brasil é a economia mais forte da América Latina. O futuro de toda a América Latina é importante, também, para termos um parceiro político no mundo que defenda uma economia de mercado socialmente equilibrada e democraticamente controlada. Na atual situação, não vejo isso. Um presidente Bolsonaro representaria uma privatização radical, um sangramento sociopolítico do país e o rompimento com acordos internacionais.
DW – A relação bilateral também não funcionaria bem com Fernando Haddad?
Yasmin Fahimi – Haddad seria um presidente completamente diferente, a quem atribuo um rumo muito mais moderado. Ele já deixou claro que quer impulsionar não somente o desenvolvimento social, como também econômico do país, e defendeu ainda o diálogo com todos os grupos. Um rumo político assim é naturalmente apoiado pelo lado alemão.
Dw – E com Jair Bolsonaro?
Yasmin Fahimi – Não vejo nenhuma base para uma cooperação internacional diante do que ele declarou. Ele deixa claro que é contra qualquer forma de multilateralismo: deixar a ONU, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o Acordo de Paris. Isso isolaria o Brasil totalmente no contexto internacional. Assim, do lado alemão, não vejo nenhuma base para uma parceria estratégica com um presidente Bolsonaro.
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A eleição de Jair Bolsonaro seria um desastre de consequências duradouras para este país. Se você acha que vale a pena fazer um “experimento” como esse, saiba que essa “experiência” equivale a apontar para sua cabeça uma arma com uma só bala, torcendo para que essa bala não esteja na agulha e o tiro não dê em nada.
A eleição de Bolsonaro iria gerar consequência para este país por décadas. Já no caso de Fernando Haddad, todos sabem o que esperar. Os governos do PT melhoraram a vida de todos durante 12 dos 13 anos de governos do PT. Só em 2015 que as coisas pioraram devido à crise política, que paralisou a economia.
O efeito desse apoio da terceira economia mundial a Haddad retira muito do entusiasmo de banqueiros e grandes empresários com Bolsonaro, pois vai ficando claro que os negócios do país serão fortemente prejudicados se ele se eleger.
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