Candidato ao senado pelo PT veta reforma da Previdência

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Candidato ao Senado pelo PT, Jilmar Tatto diz que a reforma da Previdência não é prioridade  no momento. O candidato também defende a revogação do teto de gastos, medida que limita o aumento dos gastos do governo federal por até 20 anos

Para Tatto, deve-se buscar o equilíbrio das contas públicas por meio do crescimento econômico, o que demandaria mais investimentos do Estado, e do aprimoramento da cobrança de impostos.

Na área da mobilidade urbana, pela qual é mais conhecido, propõe a criação do vale transporte universal.

Tatto foi deputado federal e secretário municipal de Transporte de São Paulo na gestão de Fernando Haddad. Estreia agora numa eleição majoritária.

Segundo pesquisa Datafolha, tem 4% das intenções de voto.

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O outro candidato da chapa petista para o Senado, Eduardo Suplicy, lidera as pesquisas, com 26% das intenções de voto. O senhor aparece com 4%. Ter o Suplicy na mesma chapa atrapalha? Não, acho que ajuda. A dificuldade é que muitos eleitores não sabem que neste ano votaremos em dois senadores.
Mas o fato de Suplicy estar em primeiro ajuda. Ele pede voto para mim, acho que ajudará a tornar meu nome mais conhecido.

Quais são as reformas prioritárias para o país neste momento?Nossa meta é defender os trabalhadores do Estado, trazendo mais investimentos. Na área de mobilidade, minha principal marca, defendo o vale transporte universal. Minha proposta: o empregador terá que pagar o vale para todos os seus funcionários. E vamos acabar com aquela taxa de 6% descontada dos salários dos trabalhadores.
Os depósitos seriam feitos em fundos municipais, e os valores serão utilizados exclusivamente para financiar o custo da tarifa.
Também precisamos rediscutir o Fundo de Participação dos Municípios, o repasse de verbas aos municípios. Precisamos rever o pacto federativo do ponto de vista tributário.

O senhor manteria o teto de gastos? Para o Brasil voltar a cresce, criar empregos e diminuir a desigualdade social, é preciso anular o congelamento dos gastos. É totalmente inadmissível. Sou pela revogação do teto.

E como fazer para equilibrar o Orçamento e conter o aumento da dívida? A eleição de Fernando Haddad mudará o debate no Brasil. A maneira de cobrir os gastos é com crescimento econômico, com geração de empregos. Precisamos investir dinheiro na economia. Por isso precisamos taxar os bancos, diminuir os juros bancários, usar uma parte das reservas internacionais na produção.
Esse conjunto de iniciativas vai alavancar a economia e fará com que o dinheiro gire no bolso das pessoas.
Também precisamos aprimorar a fiscalização. Não criar mais impostos, mas arrecadar mais com eles, combatendo a sonegação.

Da FSP.