Presidente do PDT apoia Haddad e chama Bolsonaro de “fujão”

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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, admitiu a composição de uma “frente democrática” proposta pela candidatura de Fernando Haddad (PT) contra Jair Bolsonaro (PSL), mas disse que defenderá que Ciro Gomes, que disputou o primeiro turno da eleição pelo partido, não participe da coordenação da campanha petista. Ele também chamou Bolsonaro de “fujão” por se ausentar dos debates entre candidatos na TV.

“Essa frente democrática é muito mais do que eleitoral. É uma frente contra o risco que a democracia corre hoje”, disse Lupi. “Muita gente diz que se o Bolsonaro ganhar vem golpe. Não vem, ele é o golpe. É um capitão candidato a presidente e um general candidato a vice-presidente. Para que golpe?”

Lupi participa na tarde desta quarta-feira (10) de uma reunião da Executiva Nacional do PDT na sede do partido em Brasília. Ciro Gomes, seu irmão Cid, eleito senador pelo Ceará, a candidata a vice-presidente na chapa do partido, Katia Abreu, e o deputado André Figueiredo participam do encontro.

Lupi desafiou Bolsonaro a participar dos debates na TV no segundo turno da eleição. E fez uma ironia sobre a alegação do candidato, esfaqueado em setembro, de que não participará de alguns debates por ordem médica.

“O cuidado que o povo brasileiro precisa ter é que o atestado seja ad perpétuam. Se ele amanhã for presidente da República, poderemos não ter um presidente por causa do atestado, ele pode faltar à posse”, disse.

Para Lupi, Bolsonaro, “está correndo dos debates e está sendo covarde, não que apresentar ao povo brasileiro o que ele pensa”.

“Eu acho que é um erro médico dar um atestado novo porque isso pode ser fatal para a sua eleição (de Bolsonaro)”, disse Lupi, “O povo não gosta de fujão, não gosta de candidatos que não apresentem suas ideias e acho que isso pode mudar”.

Do Valor Econômico.