União de alunos da USP contra o fascismo
Na semana passada os estudantes da Universidade de São Paulo fizeram uma assembleia em que aprovaram uma série de medidas e um calendário de luta para derrotar o fortalecimento de Bolsonaro e da extrema direita. Além de espaços de discussão nos cursos, foi debatida a importância de demonstração de força e combate em paralisações e ações massivas e conjuntas com os outros dois setores, funcionários e professores.
Nós, da juventude Faísca, atuamos na assembleia em conjunto com estudantes independentes defendendo a conformação de comitês de base, em todos os cursos e um geral dos estudantes, para organizar e massificar a luta contra a extrema direita com uma estratégia que vai além das eleições e do voto.
Em meio a essas eleições manipuladas, em que vemos a interferência do poder judiciário golpista, sob tutela das forças armadas, negando o direito da população poder votar em quem quiser, nos deparamos agora com uma extrema direita fortalecida, tanto no parlamento renovado, como também nas ruas, nos ataques e agressões que têm acontecido contra setores oprimidos da sociedade e contra a esquerda.
É necessário responder esses ataques e fortalecimento da extrema direita à altura. Nós da Faísca declaramos voto crítico no PT nestas eleições como forma de rechaço a Bolsonaro, mas isso não significa nenhum tipo de apoio político ao PT, ao seu programa e estratégia. É preciso ter a certeza de que a resposta não virá da estratégia eleitoral que o PT propõe, não virá de um voto depositado no dia 28 de outubro. Precisamos de comitês que discutam planos de luta e sejam polos de resistência e combate. Sabemos que a aposta dos empresários e banqueiros em Bolsonaro se dá para que ele consiga impor pela força as reformas que Temer não conseguiu implementar, intensificando a necessidade de que nos organizemos desde agora.
Para isso é essencial que as entidades dos estudantes, tanto os centros acadêmicos de cada faculdade, como o DCE e a União Nacional dos Estudantes (UNE) sejam a direção de organizar esses comitês massivos em cada universidade do país, para que todos os estudantes possam se organizar e fortalecer a luta. Precisamos também levar essa luta e organização para fora das universidades, é fundamental que os estudantes – e, portanto, as direções do movimento – se liguem aos trabalhadores, podendo ir às fábricas dialogar com aqueles que mais sofrem na pele todos os ataques que estão vindo nessa crise que o Brasil atravessa e que só tendem a se aprofundar caso Bolsonaro seja eleito. Vamos incendiar e parar o país contra o avanço da extrema direita e de Bolsonaro! EleNão!
Do Esquerda Diário.