Cuba gasta US$ 1 bilhão para desmascarar Bolsonaro

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O povo brasileiro não está em dívida com Cuba só pelos 113 milhões de brasileiros que os médicos da ilhota caribenha atenderam desde 2013, mas por (1) ter mostrado que seus médicos são bons – como disseram os pacientes deles à imprensa –, por (2) o programa Mais Médicos ser bom e por (3) mostrar que Bolsonaro, além de irresponsável, é um idiota.

A mídia brasileira malhou o Mais Médicos igualzinho a Bolsonaro. Não só porque o programa foi criado pelo PT, mas porque TINHA médicos cubanos.

Apesar disso, o programa é um êxito estrondoso, como mostra o grande alvoroço que causou a saída desses médicos do país, após Bolsonaro agredi-los e ao país deles. Em 3 anos, 113 milhões de brasileiros foram atendidos.

Ou seja, metade da população brasileira foi atendida por eles. Claro que muitos foram atendidos mais de uma vez, mas, assim mesmo, o número de atendimentos é pra lá de vistoso.

Não é à toa que, segundo a imprensa está informando, a população atendida pelos médicos cubanos diz que eles são melhores que os médicos brasileiros, que dão mais atenção e tocam o paciente, como deve fazer um bom médico ao examinar alguém.

Mas o fato é que o Brasil acaba de contrair uma dívida com Cuba que talvez seja maior que aquela gerada pelo bom atendimento de seus profissionais de saúde. Cuba está gastando uma fortuna para abrir os olhos deste povo.

A imprensa também está relatando que os excelentes médicos cubanos são uma das formas mais importantes e criativas do país caribenho de burlar o boicote comercial criminoso dos Estados Unidos contra si.

Apesar de idiotas como Bolsonaro e os “analistas” da mídia dizerem que os médicos cubanos seriam “ruins”, o fato é que eles são tão bons que atuam em 67 países e constituem a maior fonte de geração de divisas para Cuba.

Segundo matéria da revista Época, o envio de profissionais de saúde para o exterior responde por US$ 11 bilhões dos US$ 14 bilhões que Cuba arrecada por ano com exportações de bens e serviços. E a saída dos quase 10 mil médicos cubanos do Brasil custará US$ 1 bilhão, já que os médicos cubanos repassam 70% de seus salários ao país no qual estudaram e se formaram de graça.

Assim sendo, Cuba, ao reagir ao ataque de Bolsonaro retirando seus médicos do Brasil, perderá quase 10% do que aufere com “exportação de médicos”. Por que? Para manter a dignidade.

Vamos entender o seguinte: a mídia dizer que o programa é ruim, que os médicos cubanos são ruins ou que Cuba é uma ditadura, não tem nada demais. Agora, o chefe de Estado eleito de um país com o qual Cuba tem acordo comercial e relação diplomática xingar essa mesma Cuba e seus profissionais que, segundo os brasileiros, trabalham tão bem, aí já é demais.

Bolsonaro não se limitou a fazer exigências públicas – em vez de diretas e privadas, como deveria ser – ao país com o qual deveria ser diplomático, ele insultou o país.

O resultado da gabolice bolsonariana foi trágico para o Brasil. Segundo o jornal Extra (Globo), O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, declarou que 24 milhões de brasileiros ficarão sem atendimento médico devido à bocarra bolsonariana.

Enquanto isso, a mídia divulga o grande problema que o país começa a enfrentar porque será extremamente difícil suprir a ausência dos médicos cubanos porque os médicos brasileiros só querem trabalhar em bairros nobres e próximos a shoppings e os cubanos trabalhavam em cidades pobres, distantes e nas periferias das grandes cidades.

Como disse a chancelaria cubana ao anunciar o fim do acordo com o Brasil, o povo brasileiro saberá a quem responsabilizar por tantos perderem o único médico que têm por perto, que sempre era cubano e agora não é mais nada porque essa população ficará sem médico até sabe-se lá quando. Cuba desmascarou Bolsonaro.