Aécio teria usado casa da mãe para ocultar documentos, afirma PF

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A Polícia Federal suspeita que a casa da mãe de Aécio, Inês Maria Tolentino Neves da Cunha, e endereços ligado ao senador e ao primo dele, Frederico Pacheco, tenham sido usados para ocultar documentos.

A suspeita foi reproduzida na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, que autorizou a operação em residências de parentes do senador. A TV Globo teve acesso ao despacho.

Nele, o ministro afirma que a PF diz ter identificado “quatro novos endereços, vinculados ao investigado Aécio Neves, à irmã Andrea Neves e ao primo Frederico Pacheco. Segundo [a PF] aduz, os locais provavelmente são utilizados para a ocultação de documentos”.

Na decisão, o ministro descreve que policiais federais receberam denúncias de que esses endereços eram usados “para a guarda de documentos escusos”. E que testemunhas viram caixas de documentos sendo levadas para a casa da mãe de Aécio.

“Junta aos autos, à folha 21, relatório de denúncia nº 20181218F, no que revelado por pessoa anônima, no mesmo dia, às 9h56, que uma das secretárias do investigado Aécio Neves e o motorista, de nomes não informados, estiveram no endereço […] residência da genitora do investigado, Inês Maria Tolentino Neves da Cunha, oportunidade em que teriam subido várias vezes ao apartamento e escondido caixas com documentos no imóvel”, diz o documento.

De acordo com as informações recebidas pela PF, as caixas foram levadas ao apartamento da mãe de Aécio no mesmo dia em que o senador foi alvo de buscas da Operação Ross, na quinta-feira passada.

Segundo a PF, há também a suspeita de endereços em que Andréa Neves supostamente manteria caixas contendo documentos, e buscas nesses locais podem revelar a existência de documentos de interesse das investigações, com o objetivo de esclarecer os fatos em estágio de apuração.

Do G1