Discurso de Bolsonaro em Davos é uma incógnita

Todos os posts, Últimas notícias

Na véspera de o presidente Jair Bolsonaro fazer seu discurso de estreia no palco internacional em Davos, onde ocorre a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, seus principais assessores ainda não sabiam o que ele diria e faziam ofensivas para inserir ideias no pronunciamento.

O presidente acatou, a princípio, sugestões de vários deles, mas quais restarão no discurso em plenária na tarde desta terça (12h30 no Brasil) ainda era uma incógnita na noite desta segunda (21), após a chegada da delegação brasileira em uma viagem que se estendeu por mais de 14 horas até a cidade dos Alpes suíços.

Segundo a Folha apurou com integrantes da comitiva, Bolsonaro e seus assessores não escreveram um texto-base para o pronunciamento. O presidente apenas colheu sugestões de auxiliares do governo e decidirá ele mesmo quais usará. A equipe econômica vem defendendo uma exposição mais detalhada da reforma da Previdência.

O presidente, porém, deu pouca esperança para quem deseja ouvir minúcias de seus planos de reformas e privatizações. “É um discurso muito curto, objetivo, claro, tocando nesses pontos que eu falei, foi feito e corrigido, por assim dizer, por vários ministros para que nós déssemos o recado da forma mais ampla possível, do novo Brasil que se apresenta com a nossa chegada ao poder”, disse a jornalistas após chegar em Davos.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), após jantar com o pai, afirmou avaliar que o interesse na reforma da Previdência é algo doméstico, que não tocaria investidores externos.

Bolsonaro permanecerá quatro dias na cidade de 11 mil habitantes que anualmente recebe o Fórum, estada inusualmente longa para um chefe de Estado.