General Heleno é barrado de reunião em Davos
O general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi barrado pelo chefe do cerimonial brasileiro na entrada da reunião de Bolsonaro com o presidente suíço, Ueli Maurer, na quarta-feira (24), no Fórum Econômico Mundial, em Davos. “O senhor não está nesta agenda, general”, ouviu.
Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) acompanharam o líder brasileiro, que conversaria com 3 dos 7 ministros do país europeu sobre regulação do mercado financeiro e o possível acordo entre Mercosul e Associação Europeia de Livre-Comércio (Suíça, Islândia, Noruega e Liechtenstein), hoje em discussão.
Em reunião com o premiê do Japão, Shinzo Abe, o presidente Jair Bolsonaro tratou de tecnologia para exploração de recursos naturais, segundo um dos presentes.
Mas também houve tempo para um tema mais prosaico: o brasileiro contou que sua primeira namorada era de ascendência japonesa. Abe então perguntou, jocosamente, se Bolsonaro reencontrara a ex-companheira na visita que fez ao Japão, em fevereiro de 2018.
O ministro Sergio Moro se reuniu nesta quarta (23) com Joel Kaplan, vice-presidente de política pública global do Facebook, e tratou, entre outras coisas, de sigilo de dados —a rede social e seu braço de mensagens, o WhatsApp, recusam-se a passar à Justiça do Brasil dados de usuários solicitados pela Justiça. Em uma agenda cheia em Davos, Moro também participou de reunião da Iniciativa para Parcerias contra a Corrupção, que envolve a colaboração de empresas.
Foi de Jair Bolsonaro a ideia de almoçar no bandejão do supermercado Migros na terça-feira (22), com a justificativa de que não gosta de restaurante caro, disse uma pessoa próxima ao presidente. Olhar o lado direito do cardápio é coisa de milico, disse outra.
Em jantar na noite de quarta com líderes latino-americanos, logo após o endosso de vários deles à autodeclaração do parlamentar opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, Bolsonaro disse que “o Brasil ia virar a Venezuela” se a esquerda tivesse permanecido no poder.
Em seu último dia em Davos, Bolsonaro tem seis reuniões bilaterais. Ele se reúne, separadamente,
com os líderes de Colômbia, África do Sul, Holanda, República Tcheca e Ucrânia.
Da FSP