Gestão Doria/Covas não consegue diminuir mortes no trânsito em SP

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A cidade de São Paulo registrou, em 2018, 884 mortes em seu trânsito. O número representa apenas uma morte a menos do que em 2017, o que para fins estatísticos, significa a estagnação da redução de mortalidade por esta causa na cidade.

Para se ter uma ideia, em 2016, a cidade havia conseguido reduzir 14% das mortes no trânsito, na comparação com o ano anterior. Entre as justificativas apontadas por especialistas estão desde a crise econômica, que reduz o número de viagens feitas na cidade, a políticas públicas que visam a segurança viária, como a redução de velocidades máximas em avenidas.

No ano de 2017, a redução foi de 9%. Em 2018, a redução foi de apenas 0,1%. A prefeitura de São Paulo tem uma meta de reduzir o número de mortes até o término da atual gestão, em 2020.

A gestão João Doria/Bruno Covas (PSDB) têm a meta de reduzir o número de mortes na capital ao número 6 a cada cem mil habitantes, até 2020. Com os dados, atuais, a taxa é de 7,26, ainda longe da meta. Nova York, uma cidade com forte política de redução de acidentes de trânsito tem uma taxa de cerca de 2,3 mortes do tipo.

Os dados são do Infosiga, gerenciado pelo governo do estado. A contagem das mortes é diferente da feita pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), vinculada à prefeitura. Entre as diferenças de metodologia, está o tempo que a análise aguarda para saber se uma vítima de trânsito morreu após ser hospitalizada.

Na capital paulista, o maior número de mortes está entre os pedestres, representando 42% dos casos. Essas vítimas diminuíram 5,8% em 2018, na comparação com o ano anterior.

A ​maior variação nas mortes foi o aumento de vítimas que estavam se locomovendo de motocicletas. Em 2017, foram 305 mortes neste modal. Em 2018, foram 360, num aumento de 18%.

No estado de São Paulo, houve redução no número de mortes no trânsito, ainda que em ritmo mais lento do que nos anos anteriores.

Em 2018, a queda nas mortes foi de 3,5%. Em 2017, a redução havia sido de 5%; e em 2016, 8%.

No estado, a maior parte das mortes são de motociclistas, representando 35% do total. O número, porém, praticamente não variou entre 2017 e 2018 (saindo de 1889 mortes para 1894).

Depois de ocupantes de motos, pedestres são as maiores vítimas no estado, com 27% dos casos em 2018. Entre essas vítimas, houve redução de 9% no número de mortes na comparação com 2017.

Da FSP