Líder bolsonarista na Câmara começa sua atuação sob a desconfiança do PSL
O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), vai inaugurar sua atuação nesta legislatura sob a desconfiança de integrantes do próprio partido.
Deputados do PSL já esboçam uma rebelião contra o nome escolhido por Jair Bolsonaro e buscam o apoio de integrantes do Planalto para minar sua influência. A ala da sigla que tenta criar clima para enfrentamento atribui a Vitor Hugo articulação para impedir que o delegado Waldir (PSL-GO) assumisse a liderança da sigla na Casa.
A indisposição de parte da legenda de Bolsonaro com o líder do governo se soma a uma série de pequenos desentendimentos que fizeram do descompasso uma das marcas do PSL desde a formação de sua numerosa bancada na Câmara.
A ala do partido que se indispôs com Vitor Hugo também vê digitais do líder do governo na dissidência interna que levou o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), a disputar o segundo turno da eleição para a Mesa Diretora contra um integrante da própria sigla —Bivar venceu, mas por uma margem apertada: 14 votos.
Um grupo de deputados do partido diz que a ingerência de Vitor Hugo em decisões do PSL despertou antipatias e questionamentos. A ideia de parlamentares e pessoas próximas a Bolsonaro é provocar, mais cedo ou mais tarde, uma mudança na liderança do governo.
É consenso que a expressiva votação obtida por Rodrigo Maia (DEM-RJ) em sua reeleição na Câmara alçou o deputado democrata a um novo patamar de articulação política. Desta vez, Maia costurou acordos com outros partidos sem interferência direta do Planalto a seu favor. Obteve resultado notável.
Da FSP