Sumiu a valentia de Bolsonaro contra a Venezuela

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Recentemente, Bolsonaro disse que o Brasil invadiria a Venezuela junto com os EUA. O venezuelano Juan Guaidó agiu, então, para provocar a invasão ao aliciar militares em uma tentativa de golpe que sabia que não daria certo, mas faria Bolsonaro e Trump cumprirem a promessa de ataque militar ao seu país. Porém, não deu certo. Trump e Bozo se acovardaram.

Há pouco mais de um mês, Jair Bolsonaro, em visita aos Estados Unidos, disse que o Brasil participaria ou até encabeçaria uma invasão militar da Venezuela com vistas a derrubar o governo Nicolás Maduro.

Bolsonaro discursou em Washington para dizer que o Brasil queria o apoio e a capacidade bélica dos Estados Unidos para “libertar” o povo da Venezuela.

“Temos alguns assuntos que estamos trabalhando em conjunto, reconhecendo a capacidade (…) bélica (…) dos Estados Unidos. Temos que resolver a questão da nossa Venezuela”, disse Bolsonaro

Na Casa Branca, à época, funcionários do alto escalão do governo afirmaram que o governo Trump estaria mantendo “interlocução” com os militares brasileiros sobre a Venezuela.

No início de abril, Bolsonaro voltou a cogitar a invasão do país vizinho.

No dia 8 de abril, Bolsonaro disse que até ouviria a opinião do Congresso caso decidisse invadir a Venezuela, mas que a decisão sobre se jogaria os brasileiros em uma guerra com o país vizinho seria dele.

Além do patriarca do clã Bolsonaro, um dos “garotos” dele também fez ameaças à Venezuela.

O deputado Eduardo Bolsonaro, em entrevista a um jornal chileno, afirmou que “o uso da força” seria “necessário”. Palavras do “garoto” bolsonariano:

Guerra é ruim. Vidas são perdidas e existe todo um problema de efeitos colaterais, mas Maduro não deixará o poder de forma pacífica e, em algum momento, o uso da força será necessário

Ainda que o Blog da Cidadania julgue que o regime de Nicolás Maduro cometeu certos equívocos, é evidente que ninguém, em sã consciência, pode sequer analisar uma guerra do Brasil contra o país vizinho, jogando com as vidas dos nossos jovens para satisfazer taras ideológicas de extremistas de direita como Bolsonaro, seus “garotos’ e o presidente dos EUA.

Até porque, não há santos nesta história. Há poucos dias, a Agência Reuters noticiou que a polêmica empresa armamentista americana Blackwater estava montando um exército de mercenários para promover ações terroristas na Venezuela.

Para quem não sabe, a Blackwater ficou famosa pelas ações criminosas que levou a cabo no Afeganistão.

Dez anos atrás, em Bagdá, funcionários armados da organização Blackwater abriram fogo contra uma multidão de civis. Em resultado dessa carnificina, morreram 17 civis, outros 18 ficaram feridos, inclusive crianças.

O fato é que a tentativa de golpe de Estado na Venezuela levada a cabo pelo autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, um títere de Donald Trump, foi reprimida duramente pelo governo Maduro e a valentia tanto de Trump quanto de Bolsonaro não deu as caras.

O nome da “razão” para o recuo belicista de EUA e Brasil se chama Rússia, que vem reagindo à retórica belicosa dos dois países em relação à Venezuela

Ao saber da tentativa de golpe na Venezuela, o presidente russo, Vladimir Putin, convocou o Conselho de Segurança Nacional russo para deliberar sobre medidas a tomar em apoio à Venezuela, país que mantém vários acordos com a superpotência europeia. Daí, os energúmenos americano e brasileiro enfiaram os rabos entre as pernas.

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