Lula concede nova entrevista ao The Intercept

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu, na quarta-feira (15), entrevista ao jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept. A conversa, que vai ao ar na segunda-feira (20), é a terceira desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a censura contra Lula, que durou sete meses. Lula está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril do ano passado.

Duas entrevistas já foram publicadas: a primeira, concedida para a Folha de S.Paulo e para o El País, no dia 26 de abril; já a segunda, elaborada pelo jornalista Kennedy Alencar, foi feita originalmente para a Rede TV!, mas foi censurada pela emissora e, posteriormente, veiculada pela BBC e pelo blog do próprio jornalista no dia 10 deste mês.

The Intercept divulgou hoje (17) um pequeno vídeo sobre a entrevista. Nele, Greenwald pergunta a Lula temas relacionados à conjuntura política do país, com o Executivo federal nas mãos da extrema-direita, com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), e também sobre estratégias políticas dos campos progressistas.

“O PT precisa, eu diria, voltar, não às suas origens. Isso, porque você não governa para um partido, você governa para a sociedade”, afirma o ex-presidente, em um momento de reflexão e autocrítica sobre o partido que ajudou a construir.

Em outro momento, Lula afirmar ter clareza de que “o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está por trás disso”. Em outras falas e entrevistas, Lula já havia dito que acredita na interferência norte-americana no processo que o levou à prisão, com a finalidade, de acordo com sua visão, de retirá-lo das eleições do ano passado, que levaram Bolsonaro ao poder. Desde então, o governo adota medidas de alinhamento automático com os Estados Unidos e aponta para a entrega do patrimônio nacional aos donos do poder da maior potência econômica do planeta.

Greenwald é um jornalista norte-americano e advogado especialista em direito constitucional, vencedor do prêmio Pulitzer, o maior do jornalismo, por seu trabalho documental junto ao ativista Edward Snowden, que revelou um esquema de vigilância tocado por órgãos de inteligência norte-americanos.

Da RBA