Mussi marca oitiva de jornalistas da Record por favorecimento a Bolsonaro na eleição

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O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi, marcou para o dia 15 de maio a oitiva de seis pessoas envolvidas em suposta utilização indevida de meios de comunicação do grupo Record em favor de Jair Bolsonaro. A decisão é do dia 23 de abril.

Entre elas, serão ouvidos jornalistas da emissora que entrevistaram o então candidato à Presidência no mesmo dia em que ocorreu debate com demais presidenciáveis.

O PT, representado pelo escritório Aragão e Ferraro Advogados, apresentou, em dezembro do ano passado, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) pedindo a cassação da chapa do presidente eleito Jair Bolsonaro.

A legenda acusa a TV Record de ter dado tratamento privilegiado a Bolsonaro durante a campanha. O bispo Edir Macedo, dono da televisão, também é alvo da ação — durante a campanha, ele declarou apoio ao hoje presidente eleito.

Segundo a petição, a exposição de Bolsonaro na Record foi desproporcional e ganhou destaque especial a partir de 29 de setembro, data em que Edir Macedo declarou apoio a Bolsonaro. Tanto o canal de TV aberta quanto o site R7 ofereceram mais espaço e de forma mais benéfica a ele, diz a defesa do PT.

A petição cita reportagens publicadas no site e veiculadas na TV, bem como a entrevista exibida no telejornal noturno no dia 4 de outubro, no mesmo horário em que a TV Globo apresentou um debate entre os candidatos — Bolsonaro não compareceu ao debate alegando motivos de saúde, mas a entrevista à Record foi ao vivo. PT, Psol e MDB entraram com recurso no TSE para impedir a publicação da entrevista, mas todos os pedidos foram negados.

Do Conjur