Onyx minimiza caso de ministro e assessor preso: “matéria requentada”
O minsitro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni , minimizou nesta quinta-feira a prisão de três assessores do ministro do Turismo , Marcelo Álvaro Antônio , na investigação sobre desvios de recursos do fundo partidário do PSL para candidaturas laranjas. Ele disse que o governo “continua confiando” no ministro e aguarda o resultado do trabalho da Polícia Federal.
– Isso aí… Essa situação está sob investigação, isso não é novo, volta e meia requenta, tem que aguardar a conclusão – declarou Lorenzoni.
– Olha, primeiro: isso tudo são questões que não têm nada a ver com o governo. Aliás, é importante dizer, né? Se a gente voltar nos últimos anos, dificilmente se passava mês sem um caso de corrupção dentro dos governos anteriores. O governo do presidente Bolsonaro entra no seu sétimo mês e, assim serão os 48, sem nenhum problema.
Ao ser questionado se o ministro tem condições de continuar no cargo, ele falou que essa “é uma matéria requentada”. Segundo o chefe da Casa Civil, o presidente Jair Bolsonaro deixou “sempre tudo muito claro desde o primeiro momento” o ponto de vista do governo.
– Não há até o presente momento nenhuma denúncia formalizada, estamos no momento de investigações. Temos que aguardar. O ministro continua fazendo o seu trabalho, servindo o país. E o ministro já reiterou mais de uma vez que ele não tem nenhum envolvimento nessa questão. O governo continua confiando no seu ministro e aguardando com serenidade, tranquilidade as investigações.
Foram presos temporariamente o atual assessor especial do ministério Mateus Von Rondon Martins, em Brasília; e os ex-assessores Haissander Souza de Paula e Roberto Silva Soares, em Minas Gerais. Os três foram alvos de mandados de busca e apreensão. A PF apreendeu computadores e celulares. Robertinho, como é conhecido, foi um dos coordenadores de campanha de Álvaro Antônio no ano passado. Já Haissander era assessor dele na Câmara dos Deputados.
A suspeita da investigação é que, com a atuação desses assessores, Marcelo Álvaro Antônio selecionou mulheres para o PSL de Minas Gerais lançar candidaturas laranjas e, assim, cumprir a cota de gênero determinada por lei. No entanto, os recursos repassados seriam desviados para gráficas que não teriam prestado efetivamente os serviços.
Batizada de Sufrágio Ostentação, a operação tem agentes nas ruas de Aimorés e Ipatinga, na Região do Vale do Rio Doce, e em Brasília. Em 29 de abril, na primeira fase da ação, a PF fez buscas em sete endereços de cinco cidades de Minas Gerais, incluindo a sede do PSL em Belo Horizonte e gráficas suspeitas.
De OGlobo