60% dos que rejeitaram Haddad e Bolsonaro são contra Moro

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A maioria dos eleitores que preferiu não escolher um lado na polarizada disputa presidencial de 2018 reprova a interação do ex-juiz Sergio Moro com investigadores da Lava Jato, revela o Datafolha.

O contingente não é desprezível. Somados, votos brancos, nulos e abstenções superam 40 milhões, cerca de 30% do total do eleitorado.

Nesse grupo, 60% classificam a conduta do hoje ministro como inadequada e 62% dizem que eventuais irregularidades são graves e devem levar à revisão de decisões.

Os dados reforçam a percepção de que a avaliação positiva da atuação de Sergio Moro está atrelada ao bolsonarismo. Os eleitores do presidente —ele venceu a disputa com 55% dos votos válidos— são os que mais dão suporte aos atos do ex-juiz.

Entre os que optaram por Fernando Haddad (PT), o índice dos que veem a conduta de Moro junto aos procuradores como inadequada chega a 80%. No grupo dos que votaram no petista, 83% não descartam a revisão de decisões do ex-juiz diante de eventuais irregularidades e 66% acham que Moro deveria deixar o governo.

Já entre os que votaram em Bolsonaro, quase metade (48%) diz, diante da exposição de conversas com bastidores da Lava Jato, que Moro agiu corretamente. Outros 39% tratam a conduta como inadequada e 13% dizem não saber opinar.