Ricardo Moraes/Reuters

Marinha a um passo de achar arma que matou Marielle

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Ricardo Moraes/Reuters

Um documento obtido com exclusividade pelo RJ2 aponta que um sonar da Marinha detectou nove objetos no fundo do mar em um local próximo às Ilhas Tijucas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Mergulhadores farão novas buscas no local perto da área onde um amigo do principal acusado da morte de Marielle Franco, o PM reformado Ronnie Lessa, jogou caixas com fuzis e outras armas, segundo uma testemunha.

A polícia quer saber se entre os objetos que teriam sido jogados no mar está a arma utilizada no crime, uma submetralhadora MP5.

A Marinha utilizou sonares para encontrar os objetos. Segundo os equipamentos utilizados, são alvos com tamanhos aproximados de 50 centímetros a dois metros, e estão numa profundidade de 15 a 30 metros.

A polícia já sabe que o homem que jogou as armas é Josinaldo Freitas, conhecido como Dijaca. Ele é amigo de Ronnie Lessa.

Na última semana, em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital, um barqueiro afirmou que foi contratado para fazer um passeio e que, próximo às Ilhas Tijucas, uma caixa com seis fuzis foi lançada ao mar, junto com uma bolsa lacrada. As buscas pelas armas acontecem desde o fim de março.

Na quarta-feira, policiais se reuniram com representantes da Marinha no 1º Distrito Naval, no Centro do Rio, para discutir estratégias técnicas e de cooperação.

O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz estão presos desde março apontados como os autores do assassinato de Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. A pessoa apontada nos depoimentos como quem jogou as armas ao mar seria um amigo de Lessa.

No dia seguinte à prisão de Lessa, Márcio Montevano, conhecido como Márcio Gordo, aparece retirando uma caixa do apartamento em imagens obtidas por câmeras de segurança. Em outra imagem, poucas horas depois da prisão, três homens, um deles de boné vermelho, tentam se passar por policiais civis para tentar entrar no apartamento do ex-PM. A Polícia Civil tenta descobrir quem são eles.

No dia 14 de julho, o crime completa um ano e quatro meses. Após as prisões de Lessa e Élcio, a Polícia e o Ministério Público ainda não obtiveram respostas sobre um possível mandante do crime, ou uma motivação para a execução.

De G1