Planos de saúde coletivos sobem quase o triplo dos individuais

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Foto: Fabio Braga/Folhapress

O aumento de planos coletivos empresariais e por adesão chega a 20%, quase o triplo do reajuste anunciado na terça (23) pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para os planos individuais, de 7,35%— abaixo dos 10% fixados em 2018.

Os planos coletivos representam 80% do mercado de saúde suplementar brasileiro, de 47,18 milhões de beneficiários, e não têm o reajuste regulado pela ANS, como os individuais. O aumento anual segue livre negociação.

Clientes da Qualicorp, que administra planos de 2,4 milhões de beneficiários de grandes operadoras como Amil, Sul América e Bradesco, receberam neste mês boletos com reajuste de 19,98%.

O índice é bem acima do IPCA, a inflação oficial do país, que fechou 2018 em 3,75%.

De 2012 a 2018, o acúmulo dos reajustes pelas operadoras nos planos coletivos chegou a 111,72%, ao passo que o acumulado pelos planos individuais alcançou 77,29%.

“Enquanto não houver maior controle ou outros mecanismos de fiscalização por parte da ANS, os aumentos abusivos dos planos coletivos vão continuar”, afirma Rafael Robba, advogado especialista em direito à saúde do escritório do Vilhena Silva.

Segundo ele, o caminho encontrado por muitos usuários de saúde tem sido questionar judicialmente os reajustes.

Da FSP