Dilma: “Lava Jato estruturou o surgimento da pauta fascista”

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Foto: REPRODUÇÃO TVT

O diálogo de Dilma Rousseff com o jornalista Juca Kfouri, na noite desta quinta-feira (8), na TVT, proporcionou uma profunda análise das origens da ofensiva neofascista no mundo. Para ela, a produção de mentiras na guerra de versões foi o grande combustível para que as sociedades elegessem os culpados errados pela suas mazelas e insatisfações. Dilma tem percorrido países e afirma que não se pode entender a onda de retrocessos por que passa o Brasil sem estudar a realidade global.

De sua intervenção no programa Entre Vistas, pode-se concluir que o neoliberalismo não deu certo nas democracias avançadas. E também não deu certo no Brasil, que derrotou quatro vezes nas urnas as teorias de redução do Estado, de deslumbramento com o mercado e do salve-se-quem-puder no mundo do trabalho e social.

Mas em vez de admitir o fracasso no modelo neoliberal e sua ausência de respostas para as necessidades humanas e do planeta, as mídias, o sistema bancário e as elites privilegiadas preferiram culpar a democracia. E insistir, agora por meio do fascismo atemorizante e violento, nos ataques à redução das desigualdades, ao trabalho decente, aos direitos sociais, ao meio ambiente, à capacidade do Estado de intervir nos processos de desenvolvimento.

Mesmo discordando dos métodos neofascistas, essa elite optou por impulsioná-lo em nome de seus interesses. E abrir mão de qualquer possibilidade de respeito à soberania popular – por meio de seus direitos, inclusive o de escolha – e à soberania nacional. Ambas seriam as bases da construção de um projeto de nação.

A destruição da Petrobras, a iminente privatização dos bancos e demais empresas públicas, a regressão ao trabalho indecente por meio das reformas trabalhista e previdenciária, a agressão crescente ao ambiente e às comunidades tradicionais, a promoção da violência verbal e física contra os críticos, a subordinação total e gratuita aos interesses dos Estados Unidos. De onde surgiu tanta barbárie? Como se recuperar depois dos efeitos de tantos retrocessos? Quando essa virada pode acontecer?

Acompanhe as respostas de Dilma Rousseff no Entre Vistas. Participam do programa a jornalista do Brasil de Fato Vivian Fernandes e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana.

Da RBA