Vaza Jato mostra que Dallagnol mente sobre suas atividades políticas

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Embora negue que atue politicamente, Deltan fez costuras junto ao Congresso e ao governo em favor do candidato a procurador-geral da República Vladimir Aras.

As articulações envolveram inclusive políticos investigados na Operação Lava Jato. Além de Moro, Deltan disse em 15 de abril ter enviado mensagem a Onyx Lorenzoni (DEM), ministro-chefe da Casa Civil, sobre a candidatura de Aras.

O ex-deputado federal admitiu em 2017 ter recebido R$ 100 mil da JBS por meio de caixa 2 durante a campanha de 2014. O caso foi remetido à Justiça Eleitoral. Ele chegou a ser alvo de inquérito no STF sob a suspeita de ter recebido R$ 175 mil, também via caixa 2, da Odebrecht na eleição de 2006, mas o procedimento foi arquivado pelo STF em junho de 2018.

Outro ministro contatado foi André Mendonça, da AGU (Advocacia-Geral da União). Deltan foi a Brasília em 28 de fevereiro. Convidado por Aras para um almoço, fez com que o aliado deixasse o restaurante às pressas. O motivo: um encontro sigiloso com o senador Eduardo Girão (PODE-CE).

“tá acabando? queria te apresentar alguém no almoço”, perguntou. “é o eduardo girão, mas mantenha com Vc por favor”, pediu o coordenador da Lava Jato às 13h02.

Após o encontro, Deltan deu sinais de que manteve contato com Eduardo Girão com o intuito de traçar uma estratégia para angariar novos apoios no Senado.

Do UOL