Gleisi e Haddad visitam Lula para discutir sua saída

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Foto: Ricardo Stuckert

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad discutem com Lula, na manhã desta segunda-feira (30), a possibilidade de ele sair da prisão. Os dois são advogados do ex-presidente.

O pedido para que ele progredisse do regime fechado para o semiaberto foi feito na sexta (27) pelos procuradores da Operação Lava Jato.

Além de Gleisi e Haddad, participam da conversa o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, que também tem procuração para defender Lula, e os advogados Luiz Eduardo Greenhalg, Cristiano Zanin e Valeska Teixeira.

O PT reagiu com desconfiança ao pedido dos procuradores. “Por que isso agora? É um pedido sem precedentes na história da Lava Jato”, diz Gleisi Hoffmann.

A suspeita é que os procuradores tentam, com a eventual saída de Lula, esvaziar o julgamento sobre a suspeição de Sergio Moro no STF (Supremo Tribunal Federal), que deve ocorrer até o fim de novembro.

O ex-juiz é acusado de parcialidade na condução do processo. Se for considerado suspeito, a sentença que proferiu no caso do tríplex pode ser anulada e tudo voltaria à estaca zero.

Lula resiste a aceitar condições para deixar a prisão. Ele já disse que se recusa a usar tornozeleira, por meio da qual o condenado é monitorado eletronicamente. Advogados dizem que ele não aceitaria também ficar em prisão domiciliar, opção que a Justiça pode apresentar por não ter estabelecimento prisional para recebê-lo em regime semiaberto.

Folha