AMANDA PEROBELLI/ REUTERS

Maia aproveita Janot para endurecer com governo

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Faça-se a luz A reação das redes às declarações do ex-procurador Rodrigo Janot, que confessou ter ido armado ao STF para matar o ministro Gilmar Mendes, fez o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pregar um freio de arrumação na CPMI que investiga a disseminação de fake news. “Quero conversar com o Davi [Alcolumbre, presidente do Senado] para pedir que a CPMI seja organizada, para que a gente consiga obter, de fato, informações sobre esse mundo que viraliza o ódio às instituições.”

Lado certo Maia diz que é preciso deixar claro que a investigação parlamentar não é “um instrumento da esquerda, não é para pegar Jair Bolsonaro, mas para entender quem é que financia essa porcaria, quem usa as redes para alimentar a raiva com informações falsas, colocando as pessoas contra as instituições”.

Sem molas O grave relato, feito pelo próprio Janot à Folha e a outros veículos, e a consequente reação do Supremo disseminaram no Congresso e na PGR o sentimento de que a institucionalidade no Brasil chegou “no fundo do poço”.

No fim do túnel Na noite de sexta (27), após a busca e apreensão nos endereços de Janot, a subprocuradora Luiza Fricheinsen fez um apelo aos colegas em grupos do Ministério Público Federal. “Precisamos encontrar um caminho de racionalidade na defesa da nossa instituição, do Estado democrático e de que o STF atue nos limites da Constituição.”

No fim do túnel 2 “Temos que fazer com que hoje tenha sido o ponto máximo do descontrole. Temos que fazer um pacto pela racionalidade”, concluiu Luiza.

Favas contadas Ainda que ordenada no controverso inquérito que apura fake news e ameaças contra ministros do STF, a busca e apreensão autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes não surpreendeu procuradores que atuaram na Lava Jato com Janot. Um deles afirmou que “já esperava” a reação, dada a proporção do escândalo.

De FSP