
“Não vou apontar o dedo a nenhum chefe de Estado”, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse que terá encontro privado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na viagem a Nova York. Segundo Bolsonaro, ele vai jantar com o americano.
O presidente afirmou ainda que o discurso que fará na abertura dos Debates Gerais na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na próxima terça-feira, já está pronto e precisa apenas dos “polimentos finais”. Ele contou que o pronunciamento tratará da soberania e do que mudou no Brasil e que não vai ” apontar o dedo ” para nenhum chefe de Estado.
— Temos que falar do nosso patriotismo, da questão da soberania, do que o Brasil representa e sempre foi para o mundo. É um país que o povo é bem recebido em qualquer lugar. Aqui também a formação é de gente do mundo todo. Não vamos fulanizar, apontar o dedo para nenhum chefe de Estado. A ideia é fazer um pronunciamento falando de quem nós somos, nossas potencialidades, o que mudou no Brasil. Não tem mais aquela questão ideológica e estamos nos aproximando do mundo todo — declarou, em conversa com jornalistas na entrada do Palácio da Alvorada, depois de deixar o Palácio do Planalto.
Bolsonaro relatou que assistiu a pronunciamentos anteriores de presidentes brasileiros, sem citar nomes, e comentou que, no passado, tinha gente que “falava, falava e não dizia nada”.
Questionado se mandaria um recado aos 230 fundos de investimento, que juntos administram cerca de R$ 65 trilhões e pediram ao Brasil que proteja a Floresta Amazônica, disse que não vai entrar neste detalhe, mas criticou a iniciativa
— Geralmente um grupo tão grande, pelo que parece o recado, é feito por uma minoria “xiita”. Não sabem os dados reais do que acontece no Brasil. Nós somos muito abaixo da média dos últimos 15 anos — defendeu o presidente.
De OGlobo