A briga de Carlos Bolsonaro e o assessor de Marielle
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Os agentes da Delegacia de Homicídios do Rio procuram novos detalhes sobre o que ocorreu em maio de 2017.
O assessor envolvido prestou depoimento pela segunda vez. Já havia dado sua versão após o assassinato da vereadora.
A Polícia Civil não comenta o Caso Marielle. Sob a condição de anonimato, o assessor de Marielle contou que estava apresentando a Câmara a amigos e, ao passar em frente ao gabinete de Carlos Bolsonaro, comentou que ele era de uma família conservadora da política brasileira e não notou que Carlos estava atrás de si.
Carlos ouviu e conversa e ficou exaltado. “O que você falou?”. O assessor de Marielle relata que respondeu que apenas estava apresentando o contexto político local para duas pessoas que não eram do Rio.
Bolsonaro gritou: “você me chamou de fascista”. O assessor diz que pediu desculpas e disse que só estava apresentando sua visão sem intenção de provocar.
Ao ouvir os gritos da discussão, Marielle saiu de seu gabinete acompanhada por assessores. Segundo o assessor envolvido, ela perguntou o que estava acontecendo e o Carlos Bolsonaro respondeu que “Esse moleque está me ofendendo. Ele me chamou de fascista”.
Marielle retrucou: ‘Mas vocês não nos chamam de um monte de coisa?’.
Talvez tenha sido o único momento em que ela foi mais incisiva”, lembrou o assessor.
A outra assessora Marielle teria dito: “A gente também não gosta quando vocês nos chamam de esquerdopatas”.
Marielle ainda propôs um pacto de paz . “Vamos deixar as nossas diferenças políticas para o plenário”. Carlos Bolsonaro se acalma.
As revelações repercutiram entre os ex-assessores de Marielle. Parte deles hoje trabalha no gabinete da deputada estadual Mônica Francisco (PSOL-RJ), assessora de Marielle à época dos fatos.
Carlos Bolsonaro se recusa a contar sua versão sobre o bate-boca. Diz que não fala com a imprensa.
Da Redação com UOL