Aras ‘segura’ nomeação de ex-chefe de gabinete de Janot
Em 21 de agosto, quando Pelella disputou a vaga, Aras já havia lançado a candidatura avulsa (fora da lista tríplice) para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas o presidente Jair Bolsonaro não havia decidido sobre a indicação do sucessor de Raquel Dodge no comando da instituição. A solenidade formal de posse de Aras está marcada para esta quarta-feira.
Na votação interna, a chapa de Pelella, única na disputa, obteve 37 votos – a chapa foi encabeçada pelo procurador Pedro Barbosa Pereira Neto, que acabou nomeado por Aras na vaga de titular da Procuradoria Regional Eleitoral de SP. Não houve votos nulos ou brancos naquele pleito.
Aras anunciou hoje os novos procuradores-chefes e procuradores regionais Eleitorais do Ministério Público Federal (MPF), que atuarão pelos próximos dois anos nas chefias de cinco procuradorias regionais da República, das procuradorias da República e procuradorias regionais Eleitorais nos estados e no Distrito Federal.
Apenas no Estado de São Paulo não foi informado quem ficaria com a vaga de substituto na Procuradoria Regional Eleitoral.
Os nomes dos procuradores regionais Eleitorais do Ministério Público Federal (MPF) são escolhidos em votação interna da categoria. O procurador-geral da República não é obrigado a seguir o resultado da eleição, mas costuma respeitá-la.
Procurada pela reportagem, a PGR informou que “neste momento está sendo aferido se há algum impedimento ao exercício da função pelo procurador regional da República Eduardo Pelella em consequência de atuações anteriores dele no Ministério Público Federal”.
Pelella foi alvo de uma reclamação movida pelo subprocurador-geral da República Moacir Guimarães, desafeto de Janot. O caso – que envolve a atuação do ex-auxiliar de Janot na delação da JBS – foi arquivado, mas Guimarães entrou com recurso contra a decisão.
Pelella, por sua vez, disse ao Estado/Broadcast que está tranquilo e que o juízo final sobre a nomeação cabe a Aras.
Do Estadão