Bolsonaro adota cartilha econômica fracassada da Argentina
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O deputado Henrique Fontana (PT-RS) usou a tribuna do Congresso nesta quarta-feira (2) para falar dos descaminhos da economia brasileira, sob o comando do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. Ele citou matéria do jornal Folha de S. Paulo de hoje sobre a pobreza na Argentina, que chega a 35% e bate o recorde no governo Macri. “Todos nós sabemos que a política econômica que está sendo adotada por Bolsonaro e por Guedes aqui no País é exatamente a mesma política que Macri adota e que levou à Argentina a essa situação de impasse, de crescimento da pobreza e de desemprego cada vez maior”, criticou.
A matéria relata que na Argentina houve queda dos salários reais. “Infelizmente esse é o mesmo cenário do Brasil: queda no valor real dos salários, desvalorização das aposentadorias, perda de empregos formais, informalidade crescente no mercado de trabalho com redução de salários e queda contínua no poder de compra da população”, lamentou.
Na avaliação do deputado Fontana, soma-se também ao resultado ruim da economia brasileira o irracional congelamento dos investimentos públicos. “O Brasil está paralisando! As obras todas, parando! As universidades sem dinheiro para o custeio! Os hospitais enfrentando o drama de desabastecimento! É uma irracionalidade o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos! A queda brutal de investimentos públicos leva à paralisia dos investimentos privados, porque o investimento privado só se dá quando há consumo das famílias e quando há investimento público”, explicou.
Fontana observou ainda que a balança comercial brasileira está declinando a cada dia porque Bolsonaro é o presidente da briga. O deputado relembrou que o presidente já brigou com dezenas de parceiros comerciais do País, prejudicando o comércio exterior. “Bolsonaro se caracteriza cada vez mais como o governo do conflito, da briga, da polarização absolutamente irracional, que paralisa o País”.
O deputado do PT gaúcho conclui com o alerta de que, se não houver mudança na política econômica, o Brasil, amanhã, será a Argentina de Macri de hoje: “quebrada”.