Envolvido no caso Marielle tinha tentando se livrar da prisão

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Foto: reprodução

Detido na manhã de ontem por suspeita de ocultar armas que pertenciam ao PM reformado Ronnie Lessa, um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, o professor de artes marcais Josinaldo Lucas Freitas tentou evitar uma possível prisão em agosto, quando foi depor à Delegacia de Homicídios da Capital.

Djaca, como é conhecido, ingressou com um habeas corpus preventivo na 2ª Vara Criminal do Rio. Ele temia que o titular da DH da Capital, delegado Daniel Rosa, pedisse sua prisão temporária à Justiça —o que de fato acabou por acontecer ontem.

Em 15 de agosto, o juiz Aylton Vasconcellos negou o pedido do advogado de Djaca, já que não vislumbrou “iminente violência ou coação ilegal no direito de ir e vir”.

A DH da Capital diz que Djaca pagou R$ 400 a um pescador para levá-lo para uma viagem de barco pela Baía de Guanabara, com o objetivo de se desfazer de armas de Lessa —entre elas, a polícia diz que poderia estar a submetralhadora HK MP5 que matou Marielle e Anderson.

O pescador revelou que Djaca carregava uma mala, onde estavam armamentos e pequenas caixas. Todo material foi jogado ao mar e jamais foi encontrado pela polícia.

UOL apurou que, em seu depoimento, Djaca negou participação na ocultação de provas do caso Marielle. O advogado do suspeito não foi localizado pela reportagem.

Além de Djaca, também foram detidos Elaine Pereira Figueiredo Lessa e Bruno Figueiredo, mulher e cunhado, respectivamente, do sargento reformado da PM Ronnie Lessa. A quarta pessoa detida é José Márcio Mantovano. Eles são suspeitos de obstrução de Justiça. A operação, chamada de Submersus, cumpriu também 20 mandados de busca e apreensão.

Segundo a Polícia Civil, o grupo teria ocultado armas usadas pelo grupo de Lessa. As prisões acontecem no dia anterior a interrogatório na Justiça do Rio dos acusados de matar Marielle e Anderson.

De acordo com as investigações da DH (Delegacia de Homicídios da Capital), em março, dois dias depois das prisões de Lessa e do ex-policial Élcio de Queiroz, outro acusado de matar a dupla, o grupo teria jogado as armas no mar. Sob o comando de Elaine, conforme a polícia, o armamento foi descartado próximo às ilhas Tijucas, na altura da Barra da Tijuca, na zona oeste carioca.

Do UOL