Ex-ministro do STJ processará Palocci

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Foto: André Dusek / Estadão

O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha afirmou que vai processar judicialmente o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma), que o delatou por suposta propina para enterrar a Operação Castelo de Areia, em 2010. Em nota divulgada por sua Assessoria, Asfor Rocha chamou Palocci de ‘delinquente’.

“Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar”, reagiu Asfor Rocha. “Por falta de consistência e provas, essa mesma ‘delação’ foi recusada pelo Ministério Público Federal.”

Nesta quinta, 7, a Polícia Federal deflagrou a Operação Apiuss, fase da Lava Jato em São Paulo, com base na delação premiada de Palocci.

Agentes federais fizeram buscas na residência de Asfor Rocha, em Fortaleza.

Hoje aposentado, o ex-ministro mantém escritório de advocacia em São Paulo, que não foi vasculhado.

Em um anexo de sua colaboração, Palocci disse que a empreiteira Camargo Corrêa teria repassado R$ 50 milhões para o governo do PT viabilizar o sepultamento da Castelo de Areia – investigação aberta em 2009, envolvendo a construtora e supostos pagamentos, em forma de ‘doações’, a políticos de diversos partidos.

Parte do dinheiro teria sido destinado ao então presidente do STJ que, naquele ano, liminarmente, suspendeu a Castelo de Areia – decisão depois confirmada no mérito pela Sexta Turma da Corte e, mais tarde, pelo Supremo Tribunal Federal.

“Pelas falsidades, agora repetidas, o ex-ministro César Asfor Rocha registrará notícia-crime na Procuradoria-Geral da República e moverá ação penal contra o delinquente, além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e à do escritório”, destacou o ex-presidente do STJ.

“Não é verdade que o escritório César Asfor Rocha Advogados tenha sido alvo de busca e apreensão, como se divulgou. Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar. Por falta de consistência e provas, essa mesma ‘delação’ foi recusada pelo Ministério Público Federal.

Pelas falsidades, agora repetidas, o ex-ministro César Asfor Rocha registrará notícia-crime na Procuradoria-Geral da República e moverá ação penal contra o delinquente, além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e à do escritório.”

Estadão