Fernández: “Quebra institucional na Bolívia é inaceitável”
O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, condenou neste domingo o golpe de Estado na Bolívia que levou á renúncia do mandatário boliviano Evo Morales. “A quebra institucional na Bolívia é inaceitável. O povo boliviano deve escolher o quanto antes, em eleições livres, seu próximo governo”, disse o peronista.
Fernández ainda disse que “nós, defensores da institucionalidade democrática, repudiamos a violência desatada que impediu que Evo Morales concluísse seu mandato presidencial”.
Segundo o argentino, “se consumou um golpe de Estado na Bolívia produto da ação conjunta de civis violentos, tropas policiais amotinadas e a passividade do Exército”.
O mandatário eleito cobrou que “o compromisso da Argentina com a institucionalidade e contra qualquer forma de golpe de Estado no continente deve ser total”.
En Bolivia se ha consumado un golpe de Estado producto del accionar conjunto de civiles violentos, el personal policial autoacuartelado y la pasividad del ejército. Es un golpe perpetrado contra el presidente @evoespueblo, que había convocado a un nuevo proceso electoral.
— Alberto Fernández (@alferdez) November 10, 2019
“Espero que as atuais autoridades atuem sob o mesmo princípio, preservando a integridade física de quem possa ser perseguido pelo golpismo e colaborem até o dia 10 de dezembro [data em que Fernández assume a presidência] com a recuperação da democracia na Bolívia”, afirmou.
Golpe de Estado
O presidente da Bolívia, Evo Morales, renunciou ao cargo neste domingo (10/11) após um golpe de Estado inciado pelos partidos opositores que perderam as últimas eleições presidenciais. O anúncio veio depois de os militares “sugerirem” que ele renunciasse.
“Lamento muito este golpe. A luta não termina aqui”, disse o presidente, durante discurso após a renúncia. “Até aqui, chegamos pela pátria, não pelo dinheiro. Se alguém diz que estamos roubando, que apresente uma prova sequer. […] Não estou escapando. Nunca roubei, que demonstrem se roubei. Foi um golpe cívico-policial”, disse o presidente.
Do Opera Mundi