Quase 90 mi de brasileiros vivem em cidades sem cinema

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Foto: Reprodução/Moviemaker

Para o morador das grandes cidades brasileiras, acesso ao cinema é natural. Em São Paulo, por exemplo, há 78.411 assentos em diversas salas espalhadas pelo estado, de acordo com dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Esse não é o caso, entretanto, de 87,184 milhões de brasileiros que moram em municípios sem cinemas registrados na agência reguladora.

O tema da última redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fez o assunto tópico central de diversas discussões. Com base nisso, o (M)Dados – núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles – compilou inúmeras informações para conhecer a realidade do país. Para tanto, foram cruzados os bancos de dados da Ancine, que contempla todos estabelecimentos credenciados em funcionamento em 14 de outubro deste ano, e a estimativa de população por município do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2018.

Os números mostram que 5.109 dos 5.570 municípios do Brasil não têm salas de cinema. E a triste realidade atinge, em geral, as pequenas cidades brasileiras, principalmente em Minas Gerais, que soma 10,874 milhões de pessoas sem acesso ao cinema, em São Paulo, com 9,846 milhões, e na Bahia, com 8,939 milhões.

No entanto, é claro, ainda há exceções. Enquanto Belford Roxo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tem 508 mil habitantes e nenhuma sala, Córrego Fundo, cidade mineira a 208 quilômetros de Belo Horizonte, tem uma sala de cinema com 150 assentos para apenas 6.290 habitantes.

Coincidência ou não, a cidade com o maior número de assentos por habitante é Gramado (RS), sede de um dos maiores festivais de cinema do país. O município gaúcho tem um assento para cada 37,76 habitantes. Em Brasília, por exemplo, essa relação é de um assento para cada 153,72 moradores.

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