Mulher mata ex-namorado que a submetia a abusos

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Foto: Reprodução

Cláudia Aparecida Fernandes Nascimento, de 47 anos, matou o ex-namorado atropelado e, minutos depois, gravou um vídeo para fazer uma desabafo sobre a situação. O crime ocorreu na noite do último sábado (28) em Ituverava, em São Paulo.

Na gravação, publicada em sua rede social, a mulher declarou que matou o ex-companheiro porque havia sido ameaçada de morte e ainda ressalta que irá sofrer pelo o que fez porque amava Adriano Joaquim Sampaio.

“Acabou, acabou, quem achou que eu não ia ter coragem, acabou. Vem aqui na minha casa, vai lá todo mundo ver. Sabe onde tá o Adriano Alemão? Debaixo do meu carro morto porque ele falou que eu não ia amanhecer viva. Já era, ele veio pra me matar. Vou pra cadeia com honra e glória. Tá feito, já era, vou chorar até morrer por causa desse homem aí porque depois que meu marido morreu, esse homem aí foi o que eu mais amei. Matei porque ele falou que eu ia morrer. […] Isso é pra aprender homem nunca mais pôr a mão na cara de mulher”, disse Cláudia.

Ela foi presa em flagrante, no vídeo é possível ouvir as sirenes de viaturas e a chegada dos policiais. No domingo (29), após passar por uma audiência de custódia, Cláudia foi encaminhada para a penitenciária.

Cláudia e Adriano viveram um relacionamento amoroso por cerca de dois anos, e, segundo sua advogada de defesa, durante todo o tempo, ela sofreu violência física e psicológica.

“Ela [Cláudia] tinha certeza que naquele momento ele iria matá-la”, explicou a advogada Daiane Cristina de Oliveira Valeriano, que defende Cláudia. Ainda conforme a advogada, Adriano era usuário de drogas e ameaçou Cláudia de morte antes do atropelamento.

O casal estava em uma fase de idas e vindas, mesmo com uma medida protetiva concedida pela Justiça em julho, para que ele não se aproximasse da mulher.

“Quando ele [Adriano] não estava sob efeito de drogas, era um bom marido. Ela é uma mulher muito guerreira, solidária, tinha a esperança de tirá-lo das drogas“, afirmou a advogada.

Nos próximos dias, Cláudia irá passar por exames psicológicos para comprovar que estava emocionalmente abalada com anos de relacionamento conturbado e abusivo.

A expectativa é que a Justiça analise o fato de a Cláudia não ter passagens anteriores pela polícia e considere o contexto da violência doméstica para colocá-la em liberdade.

Ric Mais