Weintraub se desculpa por calúnia a universidades

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Em sessão tumultuada da Comissão de Educação, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que a referência à produção generalizada de maconha nas universidades brasileiras e drogas químicas nos laboratórios foi “frase solta”, mas que existe um problema “grave” de liberação do consumo no ambiente acadêmico.

Em entrevista ao Jornal da Cidade Online, há algumas semanas, Weintraub declarou que “há plantações extensivas” de maconha nas universidades federais. Diante da declaração, a Câmara convocou o ministro para dar explicações.

Weintraub disse que, como ministro da Educação, não tem que ir a cada usuário de drogas saber o que ele está usando em casa, mas que não poderia admitir o consumo no campus das universidades federais. “A população brasileira está vivendo uma epidemia de drogas, nas universidade isso é o dobro”, afirmou ao comentar reportagem do jornal “Gazeta do Povo”.

“Mais do que a frase solta de que há plantações de maconha nas universidades federais, as plantações são um reflexo de um consumo exagerado, fora de controle nas universidades”, afirmou o ministro em sua fala inicial em audiência pública, na Câmara dos Deputados.

Agora, Weintraub apresenta uma série de reportagens jornalísticas que denunciam casos de produção irregular de drogas nas universidades. Ele disse que nunca plantou ou fumou maconha na vida.

Na comissão, Weintraub defendeu a entrada da Polícia Militar (PM) nos campi das universidades federais. “A droga traz crime, estupro, roubo e a PM não pode entrar.” Ele afirmou que não pretende restringir as liberdades nas universidades federais.

O ministro afirmou que o “dinheiro do contribuinte” tem sido usado para manter ambientes e laboratórios nas universidades, onde estaria ocorrendo o consumo e até a produção de drogas. “Por lá, se bebe, fica nu, aí começa a tirar roupa e a andar pelado pelo campus”, relatou o ministro ao se referir a uma das reportagens apresentadas na comissão, em seu tempo de fala na abertura da sessão.

Na comissão, o ministro usou informações de outra publicação jornalística, em que houve menção de corte de verbas para universidades para responsabilizar gestões anteriores por parte dos problemas atuais.

“Olha de quem é a culpa. Aqui [em referência a reportagem] é o corte de despesa do governo federal que gerou essa crise. Esse corte aí é de 2008. É uma situação antiga que a gente está vendo. Em 2008 era o governo do presidente Lula”, afirmou.

Valor