Bancada da Bala abre mostra em defesa da PM
Foto: Reprodução
Financiada pela Bancada da Bala e organizada pela Polícia Militar, será instalada no início de fevereiro no corredor principal da Câmara a exposição que enaltece o papel da PM em todo o país.
É uma resposta à exposição promovida por parlamentares de esquerda sobre o Dia da Consciência Negra, que culminou com um deputado destruindo um cartaz onde um policial aparece executando um jovem negro.
A presidência da Câmara concedeu esse “direito de resposta”, aos parlamentares ligados a segurança pública. Para ser o curador, foi escolhido um oficial da instituição, o tenente-coronel Lazaro Tavares Silva, de Minas Gerais.
O tema já foi escolhido: “Polícias Militares do Brasil: as principais mantenedoras do Estado Democrático de Direito e da Governabilidade”.
Já foram escolhidos imagens, vídeos e mensagens que serão expostas. Serão ações das PMs junto às comunidades e exibição de estatísticas com redução da violência no país em 2019.
Segundo o curador, será citado que o policial é também alvo de violência.
“Apesar de termos cenas muito fortes de policiais sendo vitimados, elas, a princípio, não serão exibidas no corredor. Mas será lembrado que o PM é vítima sim de muita violência. É arriscado colocar sangue na tela. Naquele corredor, o público é flutuante, diverso”, afirmou o curador ao Radar.
O tenente Lázaro assegura que não se trata de uma “revanche”, mas sim de um “direito de resposta”. E diz que não haverá provocações e retaliações ao quadro polêmico. Ele criticou a imagem que gerou polêmica da outra exposição.
“Aquele material atentava, conspurcava a imagem das PMs. Trazia a gravura de um policial armado supostamente matando um cidadão numa comunidade. Por isso, esse direito de resposta. Vamos responder a isso, mas não se trata de contra-atacar. Nossa ênfase será no que a PM faz de melhor no país”. .
Para ele, a imprensa mostra apenas o lado negativo. E critica associação da ação da PM a práticas da ditadura mlitar.
“Agora, é hora de mostrar o que fazemos de melhor. Não existe, ao contrário do que falam, resquícios de ditadura nas PMs. Nenhum policial na ativa hoje viveu os anos de chumbo. O tempo de serviço é de 30 a 32 anos. Vamos mostrar que a polícia é garantidora da democracia e do estado de direito”.