É falsa notícia nas redes sobre envio de tropas dos EUA ao Irã

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

A foto de uma longa fila de soldados em um aeroporto americano tem sido compartilhada nas redes sociais com legendas que afirmam se tratar de tropas enviadas ao Irã, após o ataque dos Estados Unidos que matou o general iraniano Qasem Soleimani. No entanto, a imagem mostra militares voltando das férias no aeroporto internacional de Atlanta, no Estado da Geórgia.

A informação foi apurada pelo site de fact-checking americano PolitiFact, que falou com um porta-voz do aeroporto Hartsfield-Jackson. De acordo com Jennifer Ogunsola, é comum ver aglomerados de soldados no terminal no período de festas de final de ano.

O PolitiFact também consultou um porta-voz do Forte Benning, uma unidade militar próxima a Atlanta. Segundo Ben Garrett, os soldados poderiam estar embarcando para visitar os familiares durante o recesso ou voltando ao forte para continuar seu treinamento.

Garrett informou que o Hartsfield-Jackson é o aeroporto de grande porte mais próximo da base militar e os soldados costumam sair alguns dias antes do Natal e retornar um ou dois dias após o Ano Novo. Como a placa na foto diz que os militares se encaminhavam para a esteira de bagagens, é mais provável que eles estivessem voltando do recesso.

Várias páginas no Facebook compartilharam a foto dos soldados no aeroporto com legendas que informam que os Estados Unidos enviariam mais 3 mil soldados para o Oriente Médio. Isso é verdade, mas as autoridades americanas comunicaram que as tropas são da 82ª Divisão Aerotransportada do Forte Bragg, na Carolina do Norte, e não do Forte Benning, na Geórgia. No domingo, 5, o parlamento iraquiano aprovou uma medida para retirar o Exército americano do país, mas ainda não está certo se e como essa sanção será cumprida.

Uma das páginas, “Orgulho de ser Hétero” divulgou também uma imagem da visita surpresa de Trump ao Afeganistão. A foto foi tirada em novembro do ano passado e não tem relação com a atual escalada de tensão com o Irã.

Estadão